Com investimento de bilhões, RN voltará ao cenário nacional de energia eólica

2 de dezembro de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

É o que acredita o engenheiro Sérgio Azevedo, membro da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), sobre os investimentos da Chesf em linhas de transmissão e subestações no Nordeste.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciou que a região Nordeste receberá R$ 1,7, bilhão para investimentos em linhas de transmissão e subestações voltadas para energia eólica. O recurso faz parte do Projeto de Expansão da Transmissão (PET), que abrange os anos de 2013 e 2018 e serão licitados em 2014.Além de membro da Abeeolica, Sérgio Azevedo também compõe a Comissão de Energia Eólica da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e disse que tais investimentos já estavam previstos, após um compromisso do Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, com o Governo do Estado, Fiern e com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.

Foto: Tribuna do Norte

Foto: Tribuna do Norte

“Esse investimento acaba com o chamado gargalo das linhas de transmissão em nosso Estado e, em conjunto com a conclusão das linhas de transmissão atualmente em construção pela Chesf, vai resolver, pelo menos nos próximos cinco ou seis anos, os problemas das linhas de transmissão para escoamento da energia produzida pelos parques eólicos do RN”, explica Azevedo.O empresário crê que o Estado será capaz de escoar 3,6 gigas de energia e poderá instalar 7,2 gigas, com investimento nos parques eólicos na ordem de R$ 30 bilhões.

Ele conta que a licitação das novas LTs acontecerá no primeiro trimestre de 2014 e deverá surtir efeito nos leilões de venda de energia posteriores a essa data, ou seja, se tudo correr bem, a partir de janeiro de 2014, esses investimento vão fazer com que os projetos eólicos do RN tenham os problemas das linhas de transmissão resolvidos. “No leilão A-5, que acontecerá no final do ano, as empresas não precisam se preocupar com as linhas de transmissão, pois terão ICG (Instalação de Geração Compartilhada)”, fala.
Com esses investimentos, Azevedo afirma que o Rio Grande do Norte volta ao cenário nacional, “colocando o Estado de volta ao jogo”.
“Os investimentos irão movimentar a economia do Estado e principalmente dos municípios que terão projetos instalados, e ganharão com arrecadação de ISS. O Rio Grande do Norte será tanto pólo exportador de energia como de produtos e serviços, porque os fornecedores da cadeia eólica, com perspectivas a longo prazo, vão pensar com mais carinho para se instalarem aqui”, lista o engenheiro.

Quadro atual do RN

Enquanto os investimentos não chegam, Sérgio Azevedo analisa como “muito delicada” a situação do setor eólico no Rio Grande do Norte, com as perdas de forças nos leilões. “O Estado perdeu muito nos últimos dois anos por causa da ausência de linhas de transmissão”, afirma.
Apesar das dificuldades, o membro do Conselho Fiscal da Abeeolica diz que essa situação é “página virada”.
“Se a Chesf cumprir a sua parte referente aos leilões passados e, se no futuro, o Governo contratar empresas que respeitem os cronogramas estabelecidos, o problema está resolvido. Vamos garantir energia até 2022”, encerra.

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