Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Companhia vai anunciar obra da ampliação no Porto de Natal

28 de junho de 2012

Na próxima semana, o presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte, Pedro Terceiro de Melo, que está no exterior, anuncia uma novidade que promete animar a magra agenda positiva do governo estadual. Finalmente, o único empecilho para a ampliação da área de atração do Porto de Natal foi removido. É a construção do quarto berço, que, na prática, é uma ampliação de 220 metros na área de atracagem, a um custo médio de R$ 145 milhões, que abrange, além do cais, as defensas da Ponte de Todos Newton Navarro e a colônia dos pescadores. Desse montante, R$ 110 milhões são referentes às   obras de ampliação do cais.

A obra,  já aguardada há tempos, tem dinheiro garantido do PAC 2, mas não andava por causa da falta de licença do Idema. O motivo é que a ampliação atingiria uma área que os pescadores habitualmente usam para sua atividade diária e que impedia a ampliação.
Pedro Terceiro vai anunciar que esse problema não existe mais e será construído um local para abrigar os pescadores, com galpão frigorífico, capela, oficina para reparos de barcos, fábrica de gelo e bomba de abastecimento com diesel e o píer.

A obra, já aguardada há tempos, tem dinheiro garantido do PAC 2. (Foto: Divulgação)

Embora a Codern seja uma empresa mista onde o Governo Federal tem quase a totalidade das ações, as indicações para a presidência vêm com freqüência do Governo do Estado e qualquer novidade que venha da lá interessa ao gestor local. Isso não significa que os projetos voltados ao Porto não sofram com atrasos e soluções de continuidade.

Capital social
Na terça-feira, o Diário Oficial da União (DOU) publicou o aumento do capital social das companhias Docas do Pará (CDP); Rio Grande do Norte (Codern); Bahia (Codeba); Espírito Santo (Codesa); Rio de Janeiro (CDRJ); Ceará (CDC) e de São Paulo (Codesp). O aumento do capital será por meio de emissão de novas ações, mediante créditos da União.

Esse aumento absorve todos os gastos feitos em investimentos nos portos, incorporando-se ao  ativo deles,que é o patrimônio. O JH não teve acesso a esses investimentos que agora representam o aumento desse capital, mas dentro dele devem estar parcela dos investimentos feitos nos últimos cinco anos pelo Ministério dos Portos, via Secretaria de Portos, órgão ligado hoje à Presidência da República e não mais ao Ministério dos Transportes.

Entre esses investimentos, está boa parte dos R$ 220 milhões aplicados na duplicação dos armazéns, capacidade das esteiras e recuperação de barcaças do Porto Ilha de Areia Branca, que também recebeu nesse período outros R$ 37 milhões em sua repotencialização; os R$ 40 milhões na dragagem do Porto de Natal, que aumentou seu calado (profundidade) de 10 para 12,5 metros e R$ 49 milhões aplicados na construção do Terminal de Passageiros, cuja previsão de entrega é agosto de 2013.

Antes de se ausentar do país, Pedro Terceiro foi a Brasília na semana passada levando a licença ambiental para a construção do berço 4. “Conseguimos finalizar o processo depois de uma luta grande, que a governadora Rosalba Ciarlini teve uma participação positiva nessa decisão e o Idema também”, comentou.

Projeto no cais
O novo cais terá 220 metros de cumprimento e 21,5 de largura (4.730 metros quadrados). A retroárea também será ampliada em 6.035 metros quadrados. Além disso, o cais terá uma subestação, iluminação, drenagem, instalação de esgoto, sistema de combate a incêndio.

O berço quatro será linear ao berço três, que tem 140 metros de cumprimento, o que vai resultar num supercais de 360 metros. “Isso vai permitir que o Porto receba navios de até 70 mil TPB (Tonelada Porte Bruto)”, explica o diretor-presidente da Codern, Pedro Terceiro de Melo.

Ainda na estrutura de cais, o projeto contempla a construção de um aterro de retaguarda do Berço Três (proteção do cais). Na ponte, o projeto contempla a construção de seis células que vai permitir a proteção da ponte contra colisão de navios entre os seus pilares.

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