Deficiências nas policlínicas em Natal dificultam atendimentos

24 de outubro de 2012

Notícia publicada no caderno de Cidades da Tribuna do Norte:

Na semana em que Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem dando seguimento a várias reuniões que asseguram a transição dos atendimentos dos Ambulatórios Médicos Especializados (AMES) para as policlínicas municipais, vários problemas estruturais e nos equipamentos de atendimento clínico foram identificados pela equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Em cada Policlínica visitada, funcionários e as direções mostravam-se preocupados com o aumento da demanda de pacientes, que começou a ser sentido em algumas unidades.

Na Policlínica da Cidade da Esperança, cadeira do centro odontológico está quebrada. (Foto: Junior Santos)

No Centro Clínico José Carlos Passos (Policlínica da Ribeira), toda estrutura funciona “adequadamente”, inclusive com vários anexos, formando um complexo municipal de saúde. Com o encerramento das atividades do AME de Brasília Teimosa, o Distrito Sanitário Leste (DSL) ficou encarregado de remarcar as consultas com os pacientes agendados. De acordo com a diretora do DSL, Liliane Pinheiro, os distritos sanitários Sul e Norte I estão responsáveis pela remarcação das consultas dos AMES do Planalto e Nova Natal, respectivamente. “Todos os dias estamos recebendo mais pessoas. É preciso acomodar os pacientes nessa unidade ou então encaminhar para uma policlínica em outra região que tenha vaga para atender”, explicou Liliane.

A Policlínica de Neópolis é a unidade que deve compreender a demanda de pacientes do AME do Planalto, no extremo da zona Oeste. Com equipamentos oftalmo, otorrino e cardiológicos, a unidade carece de manutenção nos materiais. Outro ponto é a falta de medicamentos na farmácia da unidade em Neópolis. A aposentada Nazaré Martins de Oliveira, de  65 anos,  reclamou da falta de medicamentos da espera há seis meses de um medicamento chamado Aletronato, para o combate a osteoporose.

Infográfico: Tribuna do Norte

Porém, as unidades que mais apresentaram problemas foram as policlínicas da Cidade da Esperança e do Potengi. Ambas possuem vários equipamentos avariados ou sem funcionamento por falta de manutenção e de renovação. Na Cidade da Esperança, o diretor da unidade, Eleázaro Damião de Carvalho, ressaltou que a sala de troca de sondas, que passou quatro meses sem funcionar, só voltou a operar devido a uma força tarefa dos funcionários que consertaram o vazamento na parede. “Vontade de trabalhar nós temos. Só nos falta condições e infraestrutura para executarmos um bom trabalho”, disse Eleázaro.

Na unidade da Cidade da Esperança, o equipamento para fazer ultrassonografias está limitado a apenas alguns tipos de exames, tendo em vista que uma peça está quebrada. Três das quatro cadeiras de dentista existentes no consultório dentário da unidade estão sem funcionar e os atendimentos ficam limitados ao longo do dia. Há também a carência de pessoal. “No mínimo mais seis técnicos de enfermagem para dar conta da demanda. Eu já solicitei à SMS, mas até agora não veio”, disse. Além disso, as três centrífugas para separação de compostos da urina e sangue foram levadas para o conserto e não mais voltaram. “São equipamentos que já comemoraram os seus 20 anos de uso”, completou.

Na Policlínica do Potengi, faltam remédios e o equipamento de oftalmologia da unidade também está sem funcionamento, por motivos de avaria. Em contato telefônico na segunda-feira e ontem, a titular da SMS, Maria Joilca Bezerra, alegou que busca por solucionar as questões pendentes.

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