Notícia publicada no caderno Economia da Jornal de Hoje:
O mercado imobiliário da capital fechará 2012 com pelo menos 15% de imóveis novos em estoque à espera de comprador. Esse é o percentual aceito tanto por corretores como pelo próprio Sindicato da Indústria da Construção Civil.
Nesse momento de poucos lançamentos e de ajuste no planejamento de construtoras e incorporadoras, comprar um apartamento é mais ou menos como adquirir um carro na concessionária – a vantagem é apostar naquele modelo que está saindo de linha, mas é um zero km.
“O momento, portanto, nunca foi tão bom para ir às compras, pois os preços de unidades novas e prontas para morar estão com valores em média até 10% inferiores em comparação aos valores praticados em um lançamento”, disse hoje o empresário Ricardo Abreu, da Abreu BR Brookers.
Para o presidente do Sinduscon-RN, Arnaldo Gaspar Jr., embora 2012 não tenha sido dos melhores se comparado à euforia que foi 2010, o setor da construção civil como um todos não sofreu retração. “Se o Brasil teve um crescimento insignificante do PIB este ano, boa parte das riquezas produzidas se deve à constrição civil”, afirmou.
Gaspar garante que não houve retração dos níveis de emprego no setor. “Pelo contrário, a mão-de-obra continua escassa, mas houve sim uma reacomodação dos negócios, com ênfase para a comercialização dos imóveis em estoque, o que é muito compreensível e até recomendável”, frisou.
“Quem sabe daqui um ano não estaremos conversando de novo sob um cenário totalmente diferente de pouca oferta e de uma grande procura”, acrescentou.
Já do ponto de vista institucional, Gaspar não viu nenhum reflexo direto do recuo das vendas sobre o setor da construção civil como um todo. “Que eu saiba, todas as empresas que já estavam por aqui continuam entregando tudo que planejaram”, afirmou.
Ricardo Abreu, da Abreu BR Brookers, prevê que o estoque de imóveis acumulados desde 2011 deve ser zerado em breve, já que 2013 será um ano de recuperação com a proximidade da Copa do Mundo.
“Imóveis prontos prontos ou e fase de acabamento sem comprador representam alguns milhões que deixaram de ser realizados pelas construtoras. Num mercado onde os projetos demoram em média quatro anos para se concretizar esse é um dinheiro importante para tocar a operação”, lembrou o empresário.
Para Silvio Bezerra, presidente da Ecocil Incorporadora, o momento é bom para os consumidores porque, além de encontrar as construtoras num esforço concentrado para zerar seus estoques e entrar com fôlego em 2013, eles podem não ter as mesmas vantagens no ano que vem.
“É preciso lembrar que experimentamos neste momento os menores juros da história e a conjuntura não indica que eles baixarão mais em 2013 – poderão isto sim, é subir”, argumentou.
Redução do IPI
Com a possibilidade de o governo atender ao pedido do setor privado e prorrogar a redução da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e os produtos da linha branca, que venceria no dia 31 deste mês, o comercio lojista de Natal não alterou sua expectativa de crescimento em relação às festas do ano passado.
“Continuamos trabalhando com a idéia de um crescimento de 8% sobre o Natal de 2011″, disse nesta quarta-feira Adelmo Freire, superintendente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL). Trata-se de uma queda de dois pontos percentuais em relação ao Natal de 2010 sobre o de 2009, refletindo o mau momento do crescimento econômico brasileiro.
Como sempre, o setor de confecções deve liderar as vendas, seguido dos eletroeletrônicos, brinquedos e informática, nessa ordem. Freire disse que é difícil calcular qual será o movimento financeiro para o comércio lojista do Natal deste ano, mas acredita que todas as medidas adotadas pelo governo federal ajudarão a manter em alta as expectativas de venda.
O setor de produtos da chamada linha branca (fogão, geladeira e etc) também solicitou ao governo mais tempo para a redução temporária de IPI. Terceira prorrogação. A queda do IPI para automóveis entrou em vigor em 22 de maio, com validade até 30 de agosto, mas foi renovada por mais dois meses para estimular as vendas. Em outubro, o Ministério da Fazenda resolveu renovar o benefício até o fim deste mês.
Clique aqui para ver a publicação original
© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados
O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.