Deu no caderno de Economia do Diário de Natal:
O que têm em comum os três jovens que ilustram esta matéria de O Poti/Diário de Natal? Os estudantes Júnior Barbosa, 18, Jéssica Cerejeira, 17, e Diogo Victor Barbosa, 18, planejam ter um emprego e receber um bom salário no final do mês. Trabalho e renda, nada muito diferente da maioria da população. Mas eles estão fazendo o que os especialistas mais recomendam para qualquer profissional no mercado de trabalho: buscando qualificação. Respectivamente, Júnior, Jéssica e Diogo fazem cursos técnicos em panificação, vestuário e edificações, três das dezenas de profissões industriais que estão em alta no mercado de trabalho. O Rio Grande do Norte vai precisar de 69,6 mil trabalhadores técnicos como eles para atender as demandas da indústria até 2015.
No RN, indústria terá demanda de quase 70 mil trabalhadores. Procura por qualificação rápida e de qualidade é crescente no estado. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
E se engana quem pensa que os salários são baixos, ou associa o trabalhador da área à imagem de operários do início do século passado. Hoje os técnicos são muito valorizados e, em muitas categorias, a remuneração chega a ser superior ao que ganham profissionais com graduação. Os ventos não sopram apenas em solo potiguar. Em todo o país, são 7,2 milhões de postos em aberto. A região Nordeste precisará de 854,5 mil trabalhadores. As informações são do Mapa do Trabalho Industrial 2012, divulgado na semana passada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O Mapa do Trabalho Industrial foi elaborado com o objetivo de planejar a oferta de formação profissional da instituição.
A pesquisa inédita também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar as chances de ingresso no mercado de trabalho. Em solo potiguar, o boom se verifica em número de vagas. São oportunidades para coloristas, técnicos de controle de produção, técnicos em eletrônica, eletricidade e eletrotécnica, além dos que são capacitados na área da construção civil, normalmente os que fazem curso de edificações. Outras ocupações com grande demanda no Rio Grande do Norte são por trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais), operadores de máquinas para costura, vestuário e da indústria têxtil, padeiros, confeiteiros e mecânicos de manutenção de veículos automotores.
Parte do sucesso dos cursos técnicos se deve à durabilidade dos cursos. “Enquanto no ensino regular o estudante demora entre 16 e 18 anos para entrar no mercado de trabalho, fazendo um curso técnico ele consegue isso com até 1.200 horas/aula, o mínimo exigido para qualquer curso técnico”, explica o diretor-regional do Senai, Afonso Avelino Dantas Neto. “Em um ou dois anos o aluno faz o curso. Em algumas modalidades existe a possibilidade de o estudante sair com certificado de Ensino Médio e também do ensino técnico”, constata Simone Oliveira, gerente da unidade de educação e tecnologia do Senai.
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