Notícia publicada na Tribuna do Norte:
Deflagrada na segunda-feira, 12, a greve dos professores da Rede Estadual de Educação entra no seu terceiro dia com adesão de 20% das instituições Estaduais de Ensino, segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seec). No segundo dia de paralisação das atividades, alunos e professores compareceram às principais escolas da região central da capital. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, somente nesta quarta-feira, 14, será possível identificar o percentual de profissionais que cruzaram os braços. Para a titular da Seec, Betânia Ramalho, o movimento é “ilegal, inconsequente e oportunista”. O Sinte afirma que a paralisação não tem como viés a cobrança de melhores salários.
“A greve este ano está esvaziada. Mais de 80% das escolas não pararam. No interior, as escolas não pararam”, destacou Betânia Ramalho. Conforme esclarecido pelo Sinte/RN, a paralisação atual tem como objetivo cobrar da Secretaria melhores condições de trabalho, convocação de mais 600 professores aprovados no último concurso público e pagamento da hora-atividade, que corresponde ao tempo disponibilizado pelos profissionais ao planejamento das aulas, preenchimento dos diários de classe e correção das atividades. “A paralisação não é por questões salariais neste momento. É por qualidade de trabalho, questões de melhorias na infraestrutura das escolas”, destacou a presidente do Sinte/RN.
Somente pelo último item, o Sindicato recorreu à Justiça para que esta efetue o bloqueio de R$ 17 milhões na conta única do Governo do Estado. A sentença ainda não foi proferida e o Governo do Estado apresentou defesa alegando que o valor devido pelas horas suplementares não ultrapassa os R$ 7 milhões.
A secretária Betânia Ramalho confirmou, ainda, que irá ao Judiciário, através da Procuradoria Geral do Estado (PGE), com a argumentação de que a greve deflagrada pelo Sinte/RN no início desta semana é ilegal. A titular da SEEC/RN não especificou quando o processo será encaminhado ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. “A greve se instalou por um oportunismo. O Estado está fragilizado e várias categorias, algumas com mais propriedade, outras com menos, entraram em greve. O que nutre a cabeça do Sindicato é greve”, frisou.
O Sindicato aponta que serão necessários mais 1.500 profissionais para o cumprimento da hora-atividade. “Nós temos uma defasagem de 600 profissionais. Mas nós iremos precisar de mais 1.500 professores para implementar e sanar a falta de profissionais, considerando até mesmo o sistema SigaEduc, além do cumprimento da hora-atividade”, enfatizou Fátima Cardoso.
A discussão dos pontos de reivindicação do Sinte/RN se daria numa audiência marcada com o Governo do Estado para a manhã desta terça-feira, 13. Entretanto, a titular da SEEC/RN, Betânia Ramalho, e o secretário de Administração e Recursos Humanos, Álber da Nóbrega, cancelaram o encontro, de acordo com o Sindicato. Ela disse que a categoria não irá recuar mesmo com as ameaças de corte de ponto. Sobre a audiência que não foi realizada, Betânia Ramalho disse que o cancelamento partiu da Searh/RN.
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