Indústrias e empresas beneficiadas com financiamento aumentam no RN

24 de agosto de 2012

Deu no caderno de Economia do Novo Jornal:

A possibilidade de  mais indústrias e empresas serem beneficiadas com financiamentos coordenados pela Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) aumentou. O governo do Estado elevou em R$ 6,8 milhões o Capital Social do órgão que, dessa forma, poderá aumentar a sua capacidade de atrair recursos de instituições financeiras para utilizar no fomento à atividade produtiva através de linhas de crédito oferecidas pelo Governo.

Foto: Anastácia Vaz/Novo Jornal

A AGN tinha até então um capital de R$ 24,5 milhões e agora contará com R$ 31,3 milhões. “A importância de uma instituição financeira ter o capital aumentado é a que a captação de recursos com bancos aumenta porque os cálculos são feitos baseando-se no capital que se tem. Quanto maior nosso capital maior a possibilidade de captação de recursos”, explica o presidente da Agência de Fomento, João Augusto Melo.

O aumento de capital social foi definido ontem em Assembleia Geral Extraordinária dos sócios da AGN (Governo do Estado, Fecomércio, Faern e Fiern). Com a homologação, o Banco Central vai ratificar o aumento em aproximadamente 60 dias para que o novo capital tenha efeito do ponto de vista de capacidade de obtenção de recursos no mercado. O aumento já havia sido autorizado na última Assembleia Geral Ordinária do Conselho, realizada em abril passado.

A AGN coordena a operação de linhas de crédito para financiamento de indústrias e empresas, presta serviços de gestão financeira e de consultorias, acompanhando diversos setores da economia. Sua função é fomentar o desenvolvimento do estado coordenando programas que oferecem incentivos fiscais às empresas e indústrias, como o PROADI (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte) que permite até 75% de isenção de impostos.

O presidente João Augusto Melo explica que, do percentual fiscal que as empresas pagam, a AGN recebe uma parte para o seu Capital Social. “Mas é um percentual pequeno e repercute pouco. Agora em vez de passar para a Conta Única do Estado, a governadora determinou que seja transformado em aumento de capital”, relata.

Ele ressalta que, dessa forma, haverá um crescimento nas atividades de fomento da AGN. “Esse crescimento já começou e já vai, por exemplo, facilitar a recente solicitação de recursos que fizemos ao BNDS (Banco Nacional do Desenvolvimento) para as linha de indústria e empresas”, conta.

Boa parte desse aumento de capital vai fomentar o programa Mão Amiga, que está em processo de chamada pública para contratar organizações que darão suporte a microempreedores, junto aos técnicos da AGN.

O Mão Amiga vai oferecer uma nova linha de microcrédito a pequenas empresas ou trabalhadores autônomos do estado, com financiamentos entre R$ 300,00 e R$1.500,00. A AGN dispõe de R$ 1,3 milhão do Orçamento Geral do Estado e de mais R$ 2,7 milhão do que já havia em caixa, e que poderá ser complementado com o aumento do capital, para a execução do programa.

PROGRAMA DEVE COMEÇAR EM OUTUBRO

Até o mês de outubro, a AGN deverá abrir o processo de cadastramento para os trabalhadores interessados em receber

Foto: Anastácia Vaz

financiamentos que variam de R$ 300 a R$ 1,5 mil para a pessoa equipar seu negócio, com um prazo de 12 meses para quitar a dívida e carência de até três meses.

A ação é direcionado a qualquer atividade empreendedora, desde uma pessoa que exerce a função de cabeleireira, até um tocador de sanfona que quer implementar esse ofício para retirar dele sua renda.

No próximo dia 10 de setembro, a AGN vai abrir as propostas das Organizações Sociais que se inscreverem no processo licitatório. “O nosso pessoal é insuficiente para atender ao Programa, então, a exemplo do Banco do Nordeste, vamos contratar uma O.S e a que ganhar vai colocar seu pessoal, que será treinado no sistema de informática e funcionamento da AGN”, conta João Augusto.

A contratação da Organização Social e apresentação de pessoal para treinamento deve durar cerca de 15 ou 20 dias, para, a partir daí iniciar o cadastramento dos empreendedores interessados.

Os inscritos passarão por uma avaliação que vai definir o potencial do negócio escolhido, as possibilidades de crescimento e o perfil de empreendedor. Se escolhidos, passarão por treinamento. “Nosso pessoal tem expertise para dizer se ele tem vocação, se o negócio tem futuro e o treinamento será em parceria com o Sebrae”, informa O presidente da AGN.

Diferente das linhas de crédito oferecidas por bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste, o Mão Amiga não cobrará juros daqueles que pagarem rigorosamente em dia as parcelas do financiamento. “Por ser agente financeira a AGN não pode pagar, por força de lei, mas o Governo paga o que seria os juros zero, com o Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial do estado”, explica o presidente.

A primeira etapa do programa vai atender a 1.700 empreendedores informais da Região Metropolitana de Natal. Após quitar o primeiro empréstimo, o tomador poderá pedir um segundo financiamento se não tiver atrasado as parcelas.

No caso de mais de um empréstimo, a AGN espera que os primeiros sejam destinados à Pessoa Física, que ambiciona ser empreendedor individual, mas que no terceiro e último já esteja formalizado. Outra expectativa é que em 90 dias após o início na Região Metropolitana, o programa se estenda para outras cidades do interior.

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