Notícia publicada no caderno de Economia do Novo Jornal:
Guamaré foi, mais uma vez, o único município do Rio Grande do Norte na lista dos 100 maiores PIBs per capita do Brasil – quando o Produto Interno Bruto é dividido pelo número de habitantes. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao ano de 2010. A capital do estado não entrou neste ranking.
Foram as pequenas cidades com grandes empreendimentos industriais, principalmente nas áreas de petróleo e energia, que se destacaram. A cidade da microrregião salineira apareceu na 25ª posição.
Guamaré se destaca como uma das três cidades do Rio Grande do Norte com a maior produção de Petróleo. O Produto Interno Bruto per capita do município, com pouco mais de 12 mil habitantes, é de R$ 96,358 mil.
O resultado é bom, mas já foi melhor. Em 2009, Guamaré esteve entre os 20 melhores colocados – cinco posições acima da observada no ano seguinte. Comparando os dois anos, porém, nota-se um crescimento com relação ao valor do rendimento médio anual. De um ano para outro o PIB per capita de Guamaré avançou em mais de R$ 6 mil. Em 2009 era de R$ 90,223 mil.
O chefe geral do IBGE no Rio Grande do Norte, José Aldemir Freire, destaca que a lista é encabeçada por aqueles municípios que são grandes produtores na área de petróleo ou mineração. Ele não estranha o fato de Guamaré ser o único potiguar no ranking dos 100 melhores resultados per capita, mas ressalta que a maior parte dessa renda não fica para a população. “O fato de só ter uma cidade lá não é um mau resultado. Geralmente quando têm esses rankings, as cidades do Norte e Nordeste mal aparecem porque têm geralmente uma renda mais baixa”.
A capital potiguar não aparece no ranking dos melhores resultados por habitante. Por outro lado, tinha em 2010 um o 42º maior PIB dos municípios brasileiros em números absolutos. O montante chega a R$ 11,997 milhões. Em 2009 o PIB natalense foi de R$ 10,369 milhões. O resultado é considerado intermediário quando se leva em consideração as capitais do Nordeste.
Natal teve em 2010 o quarto pior PIB dentre as capitais nordestinas, ficando à frente apenas de Teresina (50º), João Pessoa (57ª) e Aracaju (66º). “O resultado está intermediário. Não dá para ficar nas primeiras posições porque há capitais como Recife, Salvador e Fortaleza que têm o PIB maior. Até pelo tamanho da cidade, não tem como superá-las”, ressaltou Freire. As três capitais nordestinas citadas por Aldemir estão entre os 15 maiores PIBs do país.
Na outra ponta da tabela, dos municípios mais pobres, Viçosa, na região Oeste do Rio Grande do Norte, registra o terceiro menor PIB do Brasil, à frente apenas de Miguel Leão (PI), com R$ 8,79 milhões e São Félix do Tocantins (TO), com R$ 8,97 milhões. O conjunto das riquezas geradas em Viçosa, no ano de 2010, somou apenas R$ 9 milhões.
Pequenas grandes
O PIB per capita mais elevado em 2010, de acordo com o IBGE, foi o da cidade baiana de São Francisco do Conde (R$ 296,9 mil), que sedia a segunda maior refinaria do país. Em seguida, vinha Porto Real (RJ), onde está instalada uma montadora. Lá, o valor era de R$ 290,8 mil. Depois, vinham a paulista Louveira (R$ 239,9 mil), polo de distribuição, e da mineira Confins (R$ 239,7 mil), sede do maior aeroporto do Estado.
A lista das cinco maiores era composto ainda pela gaúcha Trunfo, com R$ 223,8 mil. Na cidade está instalado um dos maiores polos petroquímicos do país. Em média, o país tinha um PIB per capita de R$ 19,8 mil em 2010.
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