Nível de inadimplência parou de subir no RN
29 de maio de 2012
Em março de 2012, segundo as últimas informações disponíbilizadas pelo Banco Central do Brasil, a inadimplência do crédito bancário no RN havia atingido a marca de 4,31%. Para as pessoas físicas esse número era de 5,59% e para as jurídicas estava em 2,57%.
Uma análise da evolução da inadimplência no estado revela alguns movimentos interessantes. O primeiro deles é que, comparado ao nível registrado no mesmo período de 2011, o patamar atual é significativamente superior ao do ano passado, puxado pela inadimplência das pessoas físicas. Em março de 2011 a inadimplência total no RN estava em 3,71%, para as pessoas físicas o valor era de 4,34% e pessoas jurídicas estavam com 2,96% de seu crédito em atraso.
Tabela mostra os índices registrado de janeiro de 2004 até janeiro de 2012. (Foto: blog economia do RN)
Apesar do forte crescimento da inadimplência do crédito das pessoas físicas verificado ao longo de 2011, esse aumento parece que já está dando sinais de esgotamento. O pico da inadimplência do crédito bancário no RN parece ter ficado nos meses de novembro e dezembro do ano passado, quando atingiram a marca de quase 5,9%. Portanto, da lá para cá a inadimplência não só parou de subir como deu sinais de recuo para patamares mais baixos.
No momento, porém, esse recuo ainda não se mostrou muito significativo, talvez sendo mais relevante o fato de que o mesmo parou de subir.
Outras duas constatações importantes na série histórica da inadimplência bancária do RN é que o ciclo de aumento da mesma verificado ao longo de 2011 não atingiu o pico do ciclo anterior. Entre 2008 e 2009, na esteira da crise mundial, a inadimplência no estado para as pessoas físicas passou por um longo ciclo de elevação, atingindo um pico de 6,99% em março de 2009. Além disso, comparados ao nível da inadimplência do início de 2004 (cerca de 9%), os números atuais até que são relativamente comportados.
Minha impressão é que a inadimplência do crédito bancário no RN tenderá a cair nos próximos meses embora essa queda não irá ocorrer em uma velocidade muito acentuada. Acredito que pelo manos até setembro o índice ainda estará na casa acima do 5%. A partir de outubro deste ano, porém, eu já imagino o índice de inadimplência abaixo do mesmo mês do ano anterior.
A queda da inadimplência será importante, entre outras coisas, para o desempenho do comércio varejista do estado, sobretudo aquele mais dependente do crédito.
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