Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

No RN, número de óbitos devido a dengue têm redução de 53%

16 de janeiro de 2013

Notícia publicada no caderno Natal da Tribuna do Norte:

Até outubro do ano passado, mais de 12 mil casos de dengue foram registrados na capital. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde de Natal, Sidneide Ferreira, os números atualizados devem ficar prontos até o fim dessa semana, quando os técnicos da SMS finalizarão o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti).

Ministro Alexandre Padilha: Prevenção precisa ser mantida. (Foto: Fábio Rodrigues)

Ministro Alexandre Padilha: Prevenção precisa ser mantida. (Foto: Fábio Rodrigues)

O material dirá quantas pessoas foram infectadas na capital, o número de focos e as áreas que registraram maior incidência. “As condições de infraestrutura que encontramos não são as ideais, mas estamos buscando obter esses dados o mais rápido possível, até para evitar futuras epidemias”, explicou Sidneide.

Ontem, ao liberar recursos para o combate à dengue, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse que “a prevenção precisa ser mantida, mesmo nas cidades onde há redução nos casos graves de dengue”. No ano passado, mais de. 26 mil casos foram registrados no Rio Grande do Norte. Um número bem superior aos 17 mil de 2011. No Estado, a redução de óbitos foi de 53%, ou seja, foram 17 mortes por dengue em 2011 e oito óbitos no ano passado.

O técnico do Programa Estadual de Combate à Dengue, Vitor Hugo Diógenes, explica que o aumento é consequência da reintrodução do sorotipo 4  no Estado, vírus que não circulava há mais de 30 anos. “Devemos estar preparados para 2013, pois ainda sentiremos os efeitos dessa reintrodução”, disse. O trabalho do programa consiste na fiscalização e orientação de municípios que vivenciam epidemias. Segundo Vitor Hugo, Rafael Fernandes é a única cidade  potiguar nessa situação, e já está recebendo a visita do carro fumacê.

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Atividades de campo estão paradas

Noticia da Tribuna do Norte:

Em Natal, as visitas de campo estão reduzidas devido à falta do larvicida. A SMS prometeu sanar os problemas em até 20 dias. (Foto: Alex Fernanades)

Em Natal, as visitas de campo estão reduzidas devido à falta do larvicida. A SMS prometeu sanar os problemas em até 20 dias. (Foto: Alex Fernandes)

Praticamente todo o trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue está parado, em Natal. Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes de Endemias do Rio Grande do Norte (SINDAS), Cosmo Mariz, 70% dos 656 agentes de endemia de Natal não trabalham nas ações de campo, desde novembro do ano passado. Isso, por duas razões: falta de equipamentos e de larvicida. Em 2012, vários bairros da Zona Norte receberam apenas três visitas, quando o mínimo estabelecido pelo Ministério da Saúde, seriam seis.

Cosmo Mariz citou, pelo menos, cinco bairros onde o trabalho ficou pela metade: Santa Catarina, Soledade, N. Sra. Apresentação, Nova Natal, Jardim Progresso, Redinha e Igapó. Este último, segundo Cosmo Mariz, é um dos bairros em situação mais crítica. “Como o ciclo de visitas foi quebrado, os  índices de infestação devem ter aumentado”, afirmou o agente. Ele disse que na Zona Norte já havia problemas, antes de mesmo da paralisação, por causa do déficit de pessoal.  Além disso, as equipes estavam trabalhando sem equipamentos adequados.

Na lista de exigências para o retorno das atividades, estão a compra de novo fardamento, bolsas, picadeiras, protetor solar, formulários e substituição do  larvicida vencido que ainda está em uso, além da resolução de questões trabalhistas. Segundo Cosmo Mariz, os equipamentos são básicos e, sem eles, é impossível realizar as atividades. Enquanto o impasse não é resolvido, os agentes estão cumprindo rotinas administrativas,  sem ir a campo.

No último dia 11, o Sindas/RN se reuniu com o secretário da Saúde de Natal (SMS), Cipriano Maia, e com a direção do Centro de Controle de Zoonoses para decidir quando os agentes voltarão às ruas.  A reunião, de acordo com Cosmo Mariz, foi positiva. “A administração atual se mostrou interessada em sanar os problemas. Precisamos avançar”, afirmou Cosmo Mariz. No encontro, foi definido que a falta de equipamentos seria sanada em até 20 dias.

Assim que essa parte do acordo for cumprida, afirmou Cosmo Mariz, os agentes voltarão ao serviço. Apesar do acordo promissor, os agentes ainda esperam outras melhorias, como a liberação da insalubridade para 54 funcionários que trabalham com o manuseio de veneno, a instituição de gratificações e a ampliação do quadro de funcionários. Hoje, além dos 512 agentes do quadro efetivo, 144 trabalham como temporários, e terão seus contratos vencidos em maio.

Se esses contratos não forem renovados, a cidade pode enfrentar um nova epidemia de dengue, segundo alerta do sindicalista. “Além da efetivação dos temporários, precisamos contratar, pelo menos, mais 100 agentes”, disse.

ZONEAMENTO

Outra melhoria prometida pela SMS foi a divisão da cidade em zonas administradas por agentes fixos – o zoneamento – , o que ajudaria na identificação e resolução  dos problemas de cada comunidade. A categoria também espera a regularização do fornecimento de vale-transporte e a realização periódica de exames de sangue. Quanto a este último ponto, ficou acordado que a SMS buscaria um convênio com a UFRN.

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