Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Petróleo e gás são debatidos no segundo dia do Fórum Estadual de Energia do RN

18 de outubro de 2013

CERNE Press:

O II Fórum Estadual de Energia do RN iniciou o seu segundo dia de programação nesta sexta-feira, 18, no Auditório da FIERN. Desta vez, o enfoque foi a discussão sobre petróleo e gás natural e, a tarde, a mesa de debates com representantes de diversas instituições de ensino que irão debater junto ao público, a capacitação e inserção de profissionais no setor energético potiguar.

Dando inicio a programação, foi abordado o potencial exploratório da margem equatorial da bacia potiguar, apresentado pelo assessor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Guilherme Papaterra. A margem equatorial é uma região que abrange desde extremo do Amapá até o Rio Grande do Norte. O local foi destaque na 11ª rodada de licitações que ofertou 150 blocos no mar sendo a maioria situadas na Bacia da Foz do Amazonas.

O assessor explanou um breve histórico a respeito das atividades da ANP, que desde o ano de 1998 até 2008 realizou 10 rodadas de licitações. Atualmente, o Brasil possui reservas de petróleo aprovadas com capacidade de produzir cerca de 15 bilhões de barris de óleo e 459 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

Em relação as perspectivas da bacia potiguar, Guilherme citou as diversas oportunidades exploratórias verificados pela ANP na região, principalmente após a realização da 11ª rodada de licitações de blocos, que contemplou diversos campos off shore. “Hoje, a bacia on shore do Rio Grande do Norte corresponde a 88% do total de produção de petróleo. Esperamos que, no futuro, haja um incremento substancial da produção off shore devido aos vários campos petrolíferos produtores em águas rasas”, explica. O assessor da ANP vai além e declara que “as oportunidades exploratórias do Brasil vão muito além do pré-sal”.

Em seguida, o diretor-presidente do CERNE (Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia), Jean-Paul Prates, falou sobre a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC) e sua importância para o estado e para o Brasil. A refinaria está localizada no polo industrial do município de Guamaré, distante 170km de Natal. Atualmente, ela ocupa a 11ª posição no ranking nacional de produção com capacidade para processar 37.800 barris de óleo por dia. “A estimativa é que para o mês de novembro sejam produzidos diariamente cerca de 38.400 barris de óleo”, afirmou Prates.

O diretor-presidente do CERNE elencou as metas e perspectivas para a refinaria como, por exemplo, a capacidade para processar 100% do petróleo produzido no estado, melhor aproveitamento do GLP e ampliação do portfolio de produtos. Dentre os desafios apresentados estão a melhoria da infraestrutura das estradas para o transporte de derivados, qualificação da mão de obra e a realização de obras estruturantes para a captação da água doce utilizadas para o processo do refino.

Em seguida, o gás natural foi o tema da palestra do assessor de planejamento da Potigás, Ramid Risério, que abordou o panorama da infraestrutura e mercado do setor no estado. “O mercado do gás natural no RN é predominantemente industrial, o que corresponde o 56% do total utilizado, seguindo pelo uso comercial, veicular e, por último, residencial”, elencou Ramid.

O Brasil encontra-se em uma fase inicial em investimentos e infraestrutura no ramo de distribuição do gás natural. “As distribuidoras tem pouco tempo de atuação no mercado, pouco mais de 20 anos”, esclarece.

Em relação aos projetos em desenvolvimento pela Potigás, Risério destaca a expansão da rede de gasodutos na região metropolitana de Natal e em Mossoró. O principal desafio, segundo ele, é a ampliação da rede de distribuição no interior do estado,

Finalizando a programação da manhã, a empresa ALESAT apresentou o cenário da distribuição de combustíveis e mostrou os principais investimentos e logística da empresa. A gerente de suprimentos, qualidade e trading da ALE Combustíveis, Josefa Sousa destacou que em 2013 foram investidos cerca de 153 milhões para a construção de novas bases, renovação da frota de distribuição, aumento da rede de postos e melhorias na infraestrutura. Para 2014 a previsão de investimentos está na ordem de R$ 155 milhões.

O II Fórum Estadual de Energia prossegue hoje a tarde com a mesa de debates: “Capacitação e inserção de profissionais do setor energético”. A discussão vai contar com a presença de representantes do CTGAS-ER, CERNE/Rede ABEEólica, SENAI/CETIB, SEBRAE-RN, UFRN, IFRN, UFERSA, UnP, UNIFACEX e UERN.

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