Deu no caderno de Economia do portal Nominuto.com:
O embarque de cargas no Porto de Natal registra no acumulado de 2012 até o mês de agosto uma alta de 140,52% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume registrado em agosto foi de 8.277 toneladas contra 5.912 toneladas do mesmo mês em 2011, uma evolução de 40%, enquanto que no acumulado deste ano o volume já é de 102.280 toneladas contra 42.525 toneladas do mesmo período de 2011, um crescimento da ordem de 140,52%.
Já o desembarque no Porto de Natal no mês de agosto de 2012 ficou nos padrões de agosto de 2011, com ligeira retração de 8,35%. Em agosto de 2012 foram registradas 21.047 toneladas contra 22.965 toneladas do mesmo mês em 2011. Com isso, houve decréscimo de 5,63% no acumulado de janeiro a agosto com relação ao ano anterior, com 111.947 toneladas acumuladas em 2012, contra 118.626 toneladas em 2011.
“Vale salientar que esta tendência se dá em decorrência do câmbio, onde tivemos uma desvalorização do Real frente ao Dólar nos últimos 12 meses da ordem de 31,77%, visto que há um ano a paridade Dólar X Real era de US$ 1 / R$1,533, e hoje está em US$ 1 / R$2,03, o que fortalece as exportações e enfraquece as importações, pois os nossos produtos se tornam mais baratos em relação aos importados”, explicou o presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Pedro Terceiro de Melo.
O diretor da Companhia informa ainda que no balancete de agosto de 2012 houve o registro de movimentação granel sólido pelo Porto de Natal, visto que, neste mês, dois (02) navios trigueiros aportaram em Natal perfazendo o desembarque de 19.053 toneladas de trigo oriundo da Argentina. A carga é destinada ao Grande Moinho Potiguar.
SAL
Quanto à movimentação de sal no mês de agosto/2012, a CODERN embarcou 108.160 toneladas, contra 141.600 toneladas em agosto de 2011, um decréscimo de 23,62%, enquanto que o acumulado de janeiro a agosto é de 634.216 toneladas, contra 892.947 toneladas do mesmo período de 2011, o que representa um decréscimo no período de 28,97%.
No total, houve quatro (04) navios salineiros em agosto, o que superou a média mensal do ano que tem sido de três (03). “Contudo, ainda estamos abaixo do ideal que é de sete (07) navios em média ao mês com 170.000 toneladas embarcadas”, explica Pedro Terceiro. Apesar disso, ele salienta que dois (02) desses navios foram de navegação de longo curso, isto é, para fora do país, o que aponta para a retomada dessas navegações que haviam sido paralisadas o ano passado em decorrência da baixa nos estoques de sal. “Tivemos um navio para o Canadá e outro para a África, apontando para uma retomada das rotas internacionais para o sal potiguar”, avalia Melo, completando que os demais navios foram para o sudeste do país (cabotagem).
Segundo Pedro Terceiro de Melo, os fatores que ainda contribuem para a baixa movimentação do sal pelo Porto ilha são os estoques que ainda estão sendo refeitos em virtude das fortes chuvas dos últimos anos, pois é preciso refazer a “lage salítrica” das salinas; e a concorrência com o sal chileno com preços de frete abaixo do normal, mesmo sendo taxado em 35% quando se trata de indústria de transformação, excluindo-se o que chega ao Porto de Santos.
Pedro Terceiro de Melo: “Perspectivas para a safra 2012/2013 são boas para o Porto de Natal”
No que diz respeito à movimentação no Porto de Natal em 2012, as perspectivas são muito boas em razão da safra. “Em setembro iniciou-se o período da safra, sobretudo de melão, e a Europa já mostra sinais de recuperação, sobretudo em decorrência da injeção de capital da Alemanha no Banco Central da Europa para ajudar os países mais afetados pela crise dos últimos meses”, esclarece o presidente da Codern, Pedro Terceiro de Melo.
Segundo o presidente da Codern, a tendência é de um aumento considerável nas exportações para o restante do ano de 2012, tendo em vista o incremento das empresas Del Monte e Agrícola Famosa e a tendência do câmbio valorizado. “Outro fator favorável é o embarque de minério de ferro, que irá aumentar consideravelmente os resultados de setembro em aproximadamente 27.180 toneladas exportadas para a China”, afirma.
Para os demais meses do ano, a Codern irá receber navios com carga geral de porte considerável, como sondas da Petrobras e equipamentos de Energia Eólica. “Haverá um crescimento considerável na quantidade de carga movimentada e na quantidade de contêineres de frutas, quartzo, equipamentos, materiais de construção entre outros”, acrescenta Melo.
Quanto ao Porto Ilha, segundo o presidente da Codern, a tendência é que se mantenha uma média de 100.000 toneladas embarcadas de sal até o fim do ano, com a retomada do mercado externo, sobretudo dos Estados Unidos, a fim de se abastecer a indústria química, e voltando a receber mais de três (03) navios por mês.
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