Notícia publicada no portal G1 RN:
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Natal, o SAMU Natal, retornou à normalidade no final da tarde desta terça-feira (27), segundo informação do próprio órgão. De acordo com o coordenador kleiber Rodrigues, o atendimento à população passou boa parte do dia suspenso em razão do atraso, por parte da Prefeitura de Natal, no pagamento dos salários referentes aos meses de outubro e novembro, cujos valores somados chegam a R$ 3.600. “Com o pagamento da metade da dívida, voltamos a operar”, resumiu.
Apesar disso, vale relembrar que a Prefeitura decretou, ainda na manhã deste terça, estado de calamidade pública na saúde municipal. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município e tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
Nos reunimos com a Prefeitura e resolvemos voltar ao trabalho. Também fizemos uma apelo aos 39 concursados e aos seis profissionais que atuam pela Coopmed e conseguimos este acordo”, disse Kleiber. Com o fim da paralisação, o SAMU Natal volta a contar com nove ambulâncias de de suporte básico, três de suporte avançado (UTIs móveis) e quatro motolâncias, serviços de atendimento realizado por socorristas em motocicletas.
A metade da dívida corresponde a R$ 1.800, referente ao mês de setembro, com vencimento em 10 de outubro. Contudo, segundo o presidente da Cooperativa dos Médicos do RN (Coopmed), Fernando Pinto, para o salário de outubro, que venceu em 10 de novembro – mas que, contratualmente pode ser quitado até dez de dezembro – ainda não existe uma garantia de ser efetuado. “Estamos aguardando um documento assinado pelo prefeito Paulinho Freire que nos dê essa garantia. Só desta forma poderemos assegurar que os plantões médicos não serão novamente suspensos, como já ocorreu duas vezes este ano.
Ainda segundo o presidente da Coopmed, com a quitação do mês de setembro, os plantões dos médicos cooperados que prestam serviços ao Município devem ser retomados de forma gradativa. “Não dá pra ser assim, de imediato. Estamos convocando os profissionais, que são aproximadamente 500, e esperamos que nesta quarta-feira (28) o atendimento esteja totalmente normalizado”, afirmou.
“A Prefeitura garantiu que efetuou o pagamento de parte do atrasado. Mesmo assim estamos aguardando os comprovantes de pagamento. E olha que não foi o dinheiro todo. Dos R$ 1.800 de setembro, 60% do total são repassados à Prefeitura pelo Governo do Estado. O Governo garante que pagou sua parte. Já a Prefeitura diz que não recebeu. Portanto, vamos esperar que esta parcela também caia na conta”, ponderou. Mesmo assim, Fernando Pinto voltou a garantir que boa parte dos plantões serão retomados gradativamente a partir da noite desta terça (27).
Renovação dos contratos
Outra preocupação da Coopmed, e que ainda depende de um acerto por parte da Prefeitura de Natal, trata da renovação dos contratos entre a Cooperativa dos Médicos do RN e o Executivo Municipal. “Nosso contrato vence dia 2 de dezembro, mas ainda não acertamos a renovação. Esperamos que até a próxima sexta-feira (30) possamos resolver isso. Caso contrário, o atendimento à população será novamente prejudicado”, adiantou.
Insatisfação e carência
“Com estas paralisações repetidas, existe uma grande insatisfação dos médicos. E isso causa muitos desligamentos nas escalas de plantão. Na última, perdemos nove médicos no SAMU Natal”, frisou Fernando Pinto. Ao G1, o presidente da Coopmed acrescentou que, hoje, nos plantões médicos, existem 500 profissionais. “Na alta e média complexidade são mais 200”, informou, acrescentando que são números “defasados e insuficientes, com risco de piorar”, concluiu.
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