Produção de sal no RN terá aumento de exportação em 2014

22 de maio de 2014

Saiu na Tribuna do Norte:

A produção de sal marinho no Rio Grande do Norte está sendo retomada e consequentemente, as vendas do produto aumentarão em 2014. Essa é a expectativa do vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Extração do Sal do Estado do Rio Grande do Norte (Siesal), Airton Torres.

“Vamos ter um aumento significativo das vendas, aumentaremos as exportações. Mesmo não tendo terminado o período de chuva, teremos uma produção maior do que nos anos de 2008 a 2011, que teve muita chuva”, detalhou Airton. A previsão é que sejam produzidas cinco milhões de toneladas de sal marinho no RN em 2014.

O empresário salineiro Duilo Oliveira complementou que “os dois anos de seca que o estado enfrentou colaboraram com a produção de sal”. Ele comentou que 80% da produção é destinada para o mercado nacional e o restante para o externo.

Segundo Airton Torres, o Rio Grande do Norte é responsável pela produção de 95% de sal marinho. Mesmo com uma importante posição no cenário econômico, o produto potiguar sofre concorrência com o sal produzido no Chile, importado pelo Brasil. “O Chile exporta para o país o sal in natura que compete com o nosso sal. É uma luta diária para manter a competitividade do produto”, afirmou Torres.

“O único problema do mercado interno é o sal do Chile. Brasil chega importar de 900 mil a um milhão de toneladas de sal, que é destinado à indústria química para a produção de soda e cloro. É uma antiga briga do setor”, reforçou Duilo Oliveira.

Vice-presidente do Siesal prevê aumento de exportações este ano (Foto: Divulgação/ Codern)

Vice-presidente do Siesal prevê aumento de exportações este ano (Foto: Divulgação/ Codern)

Mesmo com a concorrência de mercado, Airton Torres espera que esse ano tenha um aumento nas exportações pelo porto. “Pelo porto se exporta o sal in natura e este ano terá um aumento na movimentação, devido o crescimento da produção. Estamos voltando à normalidade depois dos anos de chuvas, retomando o mercado interno”, explicou Torres.

O sal in natura potiguar é exportado para os países da África, Estados Unidos e Canadá, além de enviar para a região centro-sul do Brasil. Já a produção de sal ruído, utilizado na pecuária, e do sal refinado, para o consumo humano, é escoada pelas rodovias é redistribuída para todo o país.

Cenário de 2014

Já o empresário Duilo Oliveira apontou que o mercado do sal não está muito bom esse ano. Para ele, é necessária uma recuperação do preço. Atualmente, uma tonelada a granel de sal está custando R$ 60, sem o frete. Há dois anos, o valor chegava aos R$ 140.

“A oferta está maior que a procura. O preço nacional não está bom, estamos operando com um preço muito baixo. Esse será um ano para recuperar o preço, para voltarmos a investir e manter os empregos”, declarou Oliveira.

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