Deu no caderno de Economia do Tribuna do Norte:
O Rio Grande do Norte fechou o primeiro semestre do ano com a menor taxa de crescimento do país no mercado de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que a expansão do total de carteiras assinadas no estado não passou de 0,13%, em relação ao total existente até dezembro de 2011.
Considerando todas as unidades da federação, apenas Alagoas, única a sofrer retração no número, foi pior que o RN, com uma redução de 10,57% no “estoque” de empregados.
No caso do Rio Grande do Norte, o setor sucroalcooleiro e a indústria têxtil e de vestuário foram os principais responsáveis por pressionar os números. Somente a indústria química, que engloba a produção de álcool, registrou uma queda de 23,97% no total de trabalhadores, em relação a dezembro. Entre janeiro e junho, a atividade contratou 770 trabalhadores, mas demitiu quase três vezes mais: 2.443, registrando o pior saldo de empregos entre todas as atividades: -1.673. Na indústria têxtil, por sua vez, houve queda de 10,05% no “estoque” de empregados. O setor admitiu 2.432 trabalhadores e demitiu 3.920, ficando com um saldo de -1.488 vagas no período.
Remando em direção contrária, os setores de comércio e serviços foram os que mais contrataram este ano. De janeiro a junho, o segmento abriu 5.417 novas vagas de emprego com carteira assinada. Foram 1.308 no Comércio e 4.109 nos Serviços. “São incrementos consideráveis, se levarmos em conta o ritmo lento da economia como um todo e, sobretudo, a falta de investimentos públicos no caso específico do RN”, afirma o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz.
Considerando todas as atividades econômicas do estado, no semestre, foram registrados 94.325 trabalhadores com carteira assinada e 93.803 demissões. O desempenho rendeu ao estado um saldo de empregos positivo – foram 522 contratações a mais do que demissões – mas, ao mesmo tempo, o menor crescimento do país no mercado de trabalho.
O valor médio dos salários de admissão, por outro lado, avançou 8,92% no semestre. A variação foi a quarta maior do país, atrás das registradas nos estados do Acre (+13,48%), Sergipe (+9,92%) e Pará (+9,18%). No RN, o salário médio passou de R$ 735,06 para R$ 800,60. O ministério do Trabalho e Emprego foi procurado mas não disponibilizou porta-voz para comentar os números.
O Rio Grande do Norte fechou o primeiro semestre de 2012 com um desempenho tímido na geração de empregos. Nos primeiros seis meses do ano, o estado registrou 94.325 contratações com carteira assinada. Por outro lado, 93.803 foram demitidos no período. Com isso, o saldo de empregos teve variação positiva, com 522 contratações a mais do que demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Porém, o crescimento de 0,13% no período em relação ao número de empregos registrados no final de 2011 deixaram o RN com o menor crescimento do país na geração de empregos. A situação do estado só superou a de Alagoas, que enfrentou uma redução de 10,57% no número de empregados.
Em relação ao mês de junho, foi registrado um aumento de 0,42% no número de vagas, com a geração de 1.631 postos de trabalho. No mesmo período do ano passado houve a geração de 1.407 vagas e 2.670 em 2010. Os melhores desempenhos ocorreram nos setores da agropecuária (625 postos), construção civil (536) e serviços (470 postos). Já a indústria de transformação demitiu 188 pessoas e foi a única a experimentar retração.
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