RN – Vale e empresa australiana investirão em 2 parques eólicos

22 de junho de 2012

A Vale e a australiana Pacific Hydro firmaram uma parceria para a construção e operação de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte. Cada empresa terá 50% dos projetos, que já receberam as licenças ambientais necessárias. O investimento para a estreia da mineradora em energia eólica é estimado em R$ 650 milhões e o início das operações está previsto para 2014.

O contrato prevê que a energia elétrica produzida nas unidades será consumida exclusivamente pela Vale por um período de 20 anos. A mineradora utilizará 100% da geração em suas operações. A parceria permitirá que as companhias finalizem os projetos, incluindo a compra de equipamentos e o desenvolvimento de linhas de transmissão.

Segundo a diretora de RH, Saúde e Segurança, Sustentabilidade e Energia da Vale, Vânia Somavilla, a demanda global da Vale por energia elétrica deve crescer 150% até 2020 e a empresa busca alternativas para suprir essa necessidade utilizando fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica e biomassa. Além de diversificar a matriz energética da Vale, a inclusão de projetos eólicos também deve reduzir o volume de emissões da companhia e assegurar competitividade de custos em longo prazo, avalia a executiva.

O contrato prevê que a energia elétrica produzida nas unidades será consumida exclusivamente pela Vale por um período de 20 anos. (Foto: tribunadonorte.com.br)

Segundo a Pacific Hydro, a parceria com a Vale é o primeiro modelo de comercialização de energia que combina mercado livre e autoprodução para parques eólicos no Brasil. O acordo é um passo importante para a estratégia da empresa no País. “Este modelo vai permitir a expansão do mercado eólico brasileiro para além do mercado de leilões regulados, no qual a maior parte da capacidade eólica brasileira tem sido desenvolvida até hoje, e estamos buscando aprofundar nossa parceria com a Vale no Brasil e no mundo”, diz, em nota, o CEO da Pacific Hydro, Rob Grant.

A empresa australiana opera no Brasil desde 2006. A Pacific Hydro tem 58 MW em operação em dois parques eólicos na Paraíba, que fornecem energia para a Eletrobras. Internacionalmente, a companhia desenvolve e opera mais de 300 MW em parques eólicos e usinas hidrelétricas na Austrália, onde construiu o primeiro parque eólico comercial do país. O grupo opera também 500 MW em hidrelétricas de correnteza no Chile.

Vale faz parceria para gerar energia no RN

Tribuna do Norte, Natal/RN

A Vale oficializou ontem a criação de uma joint venture com a australiana Pacific Hydro para construir dois parques eólicos no Rio Grande do Norte, com investimento previsto de R$ 650 milhões. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico. Pelo acordo, cada empresa terá 50% dos parques.

Com licença ambiental de instalação já liberada, segundo o Valor, os parques devem iniciar operação em 2014 e terão  capacidade instalada total de aproximadamente 140 megawatts (MW). A energia produzida deve ser consumida integralmente pela Vale durante 20 anos.

Em declaração ao jornal Valor Econômico, o diretor de Energia da Vale, Ricardo Mendes, afirmou que os parques eólicos no Rio Grande do Norte e a participação de 9% na hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, contribuirão para a mineradora aumentar, de 45% para 50%, seu índice de autossuficiência energética.

A parceria reduzirá os custos da empresa com o insumo energético para aumentar sua competitividade no mercado global. “Como estamos vendo atualmente, a energia eólica se tornou competitiva. Especialmente fazendo o investimento e tendo o ativo, temos um custo competitivo”, explicou Mendes ao jornal.

A diretora de Recursos Humanos, Saúde e Segurança, Sustentabilidade e Energia da Vale, Vânia Somavilla, completou: “Esse é o primeiro empreendimento da companhia em energia eólica e representa um importante passo para aumentar o uso de fontes limpas e renováveis na matriz energética da empresa”.

O Rio Grande do Norte é o estado brasileiro com o maior número de parques eólicos a caminho. Esse tipo de empreendimento é grande gerador de empregos principalmente na fase de construção e tem ajudado a multiplicar o número de carteiras assinadas no interior. Mas analistas não tem dúvidas: é preciso atrair indústrias para bastecer o setor e capacitar mão de obra para que os impactos positivos não se restrinjam à fase de construção.

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