Sacos de areia são utilizados para conter avanço da maré em Natal

19 de julho de 2012

Deu no caderno Natal da Tribuna do Norte e editoria cotidiano do DN online:

A prefeita Micarla de Sousa vai novamente a Brasília na segunda-feira para oficializar o pedido de ajuda ao Governo Federal para a reconstrução do calçadão da praia de Ponta Negra. Micarla de Sousa levará ao Ministério da Integração Nacional um relatório informando danos, custos e todas os dados necessárias para a obra, para que o recurso, quantia ainda não definida, seja liberado. Após reunião ocorrida ontem com boa parte do secretariado na sede da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde), o Município anunciou as medidas que vão ser adotadas.

O plano de ação é dividido em três etapas. Primeiramente, com o auxílio da Marinha do Brasil, a Prefeitura vai continuar com as medidas de contenção da maré, colocando sacos de areia para impedir o contado das águas do mar com a estrutura da calçada. Sete quiosque (do 12 ao 18) serão retirados do local interditado para evitar maiores riscos. Os profissionais serão remanejados para um lugar a ser definido pela associação da categoria. Enquanto isso, até a segunda-feira, prazo máximo determinado pelo Ministério da Integração, será elaborado o relatório final que vai oficializar o pedido ao Governo dos recursos que serão destinados às obras.

Segundo Murilo Barros, titular da Seturde, a viagem de Micarla de Sousa a Brasília, na segunda-feira passada, teve o intuito de informar sobre o estado de calamidade decretado no sábado. “Agora o Ministério tem conhecimento da situação. Nós precisamos apenas oficializar o pedido com o relatório”, explicou. A terceira medida, esta de caráter definitivo, será a de reestruturação de toda a orla natalense, da Redinha a Ponta Negra. Segundo o secretário de Comunicação Gerson de Castro, o Município vai tentar conseguir os recursos para a obra em outubro próximo. A verba está estimada em R$ 80 milhões, e contemplaria projetos mais elaborados em toda a orla. Com relação a Ponta Negra, por exemplo, é provável que haja algum projeto de intervenção no mar, para impedir que a maré provoque danos às estruturas da orla novamente. Gerson diz que a verba deve chegar ao caixa do Município no fim deste ano, ou no início do próximo.

Empresários reclamam da falta de ação 

Representantes do trade turístico veem com preocupação a morosidade para medidas práticas, por parte da Prefeitura do Natal, na reconstrução do calçadão que deve sofrer com a ressaca do mar, no próximo 2 de agosto. “A ação demanda ações emergenciais. O mar não espera”, disse o presidente da Emprotur, Sandro Pacheco.

A contenção da erosão com sacos de areia é prevista para iniciar hoje, quando a Marinha do Brasil visitam o local, junto com representantes do Município para saber como será feito o trabalho. De acordo com o vice-presidente da Abih/RN George Gosson, os empresários vçao custear sacos de 1 tonelada usados pela industria salineira. Os ‘big bags’ devem acelerar a logística de enchimento e apresentar maior resistência ao avanço do mar.

Donos de hotéis em Ponta  Negra e na Via Costeira se reuniram, na tarde de ontem, para tentar buscar soluções de “extrema urgência” para conter a erosão do calçadão de Ponta Negra e os consequentes prejuízos causados a segunda maior atividade econômica do Estado. Desta vez, o encontro foi com o deputado federal Henrique Eduardo Alves e o secretário estadual de turismo Renato Fernandes. “A decepção dos turistas com o principal cartão postal da cidade pode ter consequências ainda maiores. A ansiedade do setor é grande”, pondera Gosson.

Entre os pedidos encaminhados, explicou o presidente da ABIH/RN, Habib Pacheco, está a intervenção do parlamentar junto a Prefeitura para que acate a decisão judicial e contrate o perito indicado, o geólogo e professor da UFRN Venerando Amaro, para agilizar as ações de reconstrução do passeio. “Estamos passando por uma situação de risco iminente”, disse. O prejuízo para o setor ainda não é calculado mas “é constante e com efeito prolongado”, observa Chalita.

AJUDA

O deputado Henrique Eduardo Alves ressaltou a necessidade de projetos para que os recursos, quando chegarem, sejam usados da bem utilizados. “O Calçadão é situação mais urgente e terá nosso apoio e de toda a bancada para que as medidas emergenciais, que é a reconstrução, e também as estruturantes, que dependem de projetos e de recursos federais ocorram”, disse o deputado.

O secretário estadual de turismo Renato Fernandes adiantou que para as obras definitivas, o investimento deverá ser em torno de R$ 80 milhões, contudo, as medidas ” se um espigão, engorda da praia, manta seca, deverá ser apontada por estudos. Por isso, a urgência para que os laudos sejam elaborados”, lembrou.

Por ora,  a Prefeitura instalou um mutirão para elaborar relatórios e emitir documentos para que o Ministério da Integração, reconheça o estado de calamidade, decretado pelo Município, no último dia 13. O documento eve estar pronto na segunda-feira.  O trabalho envolve as secretarias municipais de Turismo,  Obras Públicas, Serviços Urbanos, Urbanismo e Meio Ambiente, de Limpeza (Urbana) e  Mobilidade Urbana.

“Calçadão de Ponta Negra terá recursos federais”, diz secretário

“Os recursos federais para o calçadão de Ponta Negra estão garantidos”, disse o secretário municipal de Turismo, Murilo Barros após uma reunião realizada ontem com a prefeita Micarla de Sousa e titulares de secretarias envolvidas na recuperação de trechos demolidos pelas fortes marés. Murilo estimou que os recursos destinados podem chegar a R$ 3 milhões e que na manhã de hoje uma força tarefa será mobilizada para realizar procedimentos de urgência nos trechos demolidos.

Uma medida de caráter emergencial será feita hoje com a participação da secretarias envolvidas, representantes da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), com a colocação de sacos de areias para evitar a queda de novos trechos. A medida havia sido solicitada por integrantes do trade e por comerciantes da orla. Também deverão ser retirados sete quiosques localizados na área interditada do calçadão e posterior com a remoção para pontos seguros do próprio calçadão previamente definidos pela Associação dos Quiosqueiros e Conselho Comunitário de Ponta Negra.

Segundo a prefeitura, será disponibilizada uma retroescavadeira e uma caçamba para auxiliar nos trabalhos de contenção do mar. “Estamos trabalhando em três soluções: o urgente com ações imediatas de contenção; a emergencial, a reconstrução do calçadão; e o definitivo, com um a execução de um plano que evite a demolição no futuro”, explicou.

De acordo com Luiz Antonio Lopes, secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), a prefeitura fez o isolamento das áreas degradadas, primeiramente com telas e depois com tapumes, numa extensão de 500 metros; limpeza da área afetada da praia com a participação de 70 garis da Urbana e uma retroescavadeira para retirada de entulhos. Os entulhos foram reaproveitados para a contenção das encostas.

Uma das ações anunciadas será o trabalho de uma equipe de estagiários da Secretária Municipal de Turismo (Seturde) alertando a banhistas e turistas sobre as áreas de risco e as ações que estão sendo executadas na praia.

Forças Armadas

Outra novidade é a participação das Forças Armadas nas obras: “Pedimos apoio ao almirante Gamboa, comandante do 3º Distrito Naval e fomos prontamente atendidos”, confirmou Barros. Ontem pela manhã, fuzileiros navais estiveram na praia realizando levantamento fotográfico e diagnóstico das áreas degradadas com o objetivo de somar esforços com as ações emergenciais. A assessoria de comunicação da prefeitura informou que o Exército também prestará apoio por intermédio do Batalhão de Engenharia.

A secretaria Tereza Cristina Vieira Pires, titular da Secretaria de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) confirmou a informação, em relação do estado de calamidade pública, de que as pastas envolvidas estão recolhendo dados para auxiliar na elaboração do relatório com todas as ações já desenvolvidas pelo município e o que será necessário para a recuperação da área.

“Este relatório, uma exigência da legislação federal, vai embasar o pedido de reconhecimento do estado de calamidade juntoa União”, disse ela. O documento será levado a Brasília na próxima segunda-feira pela prefeita Micarla de Sousa e será entregue ao Ministério da Integração Nacional, visando a liberação de recursos para a reconstrução do calçadão. No detalhamento, constarão os danos materiais e ambientais, além da quantificação dos prejuízos. “Devido à situação da orla, pedimos prioridade na liberação dos recursos à União”, acrescentou Tereza Cristina.

Clique aqui para ver a publicação original na Tribuna do Norte

Clique aqui para ver a publicação original no DN Online

Deixe seu comentário:

© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados

O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.