Notícia publicada no portal G1 RN:
O calamitoso estado da Saúde Municipal de Natal, reconhecido através de decreto pelo ex-prefeito Paulinho Freire, poderá ganhar novos desdobramentos em breve, com a promessa de abertura de uma sindicância pelo atual chefe do Executivo, Ney Lopes Júnior. Ele pretende investigar os motivos pelos quais o Município acumula medicamentos fora de validade. Os remédios, porém, não dizem respeito às 20 toneladas de produtos e insumos médico-hospitalares vencidas à época da gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo.
Segundo detalhamento do próprio Ney Lopes Júnior, as drogas em questão teriam sido adquiridas entre os anos de 2010 e 2011. A secretária municipal de Saúde, Maria Joilca Bezerra, nega a existência de medicamentos vencidos em grande quantidade. “O que nós temos são pequenas quantidades que não chegam a 20% do volume comprado, o que está dentro do normal”, ressaltou a secretária. Ela não soube informar, conforme exposto em ofício nº 5045/2012 de 26 de dezembro, encaminhado ao prefeito, o quantitativo e a descrição dos remédios fora de validade.
No mesmo ofício, a secretária municipal de Saúde respondeu a seis questionamentos encaminhados por Ney Lopes Júnior. Um deles diz respeito ao processo de incineração das aproximadamente 20 toneladas de medicamentos vencidos estocados no Departamento de Logística e Suporte da Secretaria Municipal de Saúde, no bairro de Dix-Sept Rosado, na zona Oeste da capital. Conforme esclarecido por Maria Joilca Bezerra, somente no dia 22 de outubro a Justiça Estadual liberou os medicamentos para incineração. Entretanto, por acumular uma dívida superior a R$ 22 milhões com a Empresa Marquise, habilitada para realizar o procedimento, a Companhia de Serviços Urbanos (Urbana), não realizou a coleta dos itens.
Sobre os medicamentos vencidos entre 2010 e 2011, o prefeito questiona o quantitativo e valor gasto para comprá-los. Em resposta, Maria Joilca Bezerra disse que está “aguardando retorno de memorando circular” enviado para as unidades municipais de Saúde “solicitando o levantamento desses quantitativos”. Sobre os custos, ela argumentou que “não temos como dizer no momento, pois vai depender das respostas dos Distritos/unidades de Saúde sobre as quantidades vencidas”. Ela detalhou, ainda, que todos os medicamentos vencidos ao longo da atual gestão municipal estão acondicionados em sacolas plásticas pretas nas próprias unidades de saúde, seguindo uma orientação da ex-secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Socorro Nogueira, “por não ter espaço para armazenamento e devido descarte”.
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