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Vereadores antecipam eleição para Mesa Diretora da Câmara
Notícia da Tribuna do Norte:
Convocados para apreciarem, em sessão extraordinária, a lei que estima a receita e fixa a despesa do município para 2014, os vereadores de Natal se limitaram a discutir um outro tema: a antecipação, em um ano, da eleição para a presidência e demais cargos da Câmara Municipal (CMN). A articulação entre os parlamentares se restringiu a um grupo de 17 deles. E causou indignação a alguns. “Encontro dificuldades para adjetivar esse absurdo. São medidas sorrateiras. Me enoja”, esbravejou a Eleika Bezerra (PSDC). Ela e mais onze vereadores se disseram surpreendidos ao chegar na CMN e encontrar o que chamaram “circo armado”. “Quantas malandragens não estão escondidas por trás disso? É um jogo imundo”, completou Eleika. Por maioria, eles aprovaram o requerimento para antecipar o pleito, que ocorrerá hoje.
A intenção do grupo dos 17 (G-17) era, de início, modificar a lei orgânica do município, já que da forma como está não permite a reeleição para a Mesa Diretora da CMN. Com isso, o atual presidente Albert Dickson (PROS), se candidataria a passar mais dois anos no comando da Casa. A ideia, no entanto, foi logo desconsiderada porque o PROS, partido de Albert, ameaçou não ofertar a legenda para que o parlamentar fosse candidato a deputado estadual em 2014, como ele almeja. As articulações prosseguiram e chegaram, então, no nome do vereador Júlio Protásio (PSB), líder do prefeito Carlos Eduardo (PDT), no legislativo.
“Não levaram adiante porque pegou mal devido a ligação do nome dele com a Operação Impacto”, exclamou a vereadora Amanda Gurgel (PSTU), em discurso exaltado em plenário. Além das duas parlamentares, foram contrários à antecipação da eleição os vereadores Sandro Pimentel (PSOL), Rafael Motta (PROS), Paulinho Freire (PROS), Marcos Ferreira (PSOL), Jacó Jácome (PMN), Hugo Manso (PT), George Câmara (PC do B), Maurício Gurgel (PHS), Fernando Lucena (PT) e Ary Gomes (PROS).
Se engana quem acha que o nome de Júlio Protásio está descartado. Não está. Mas com a indefinição, o G-17 optou por lançar um possível nome para o posto de candidato a presidente – o vereador Franklin Capistrano, do PSB. O nome do peessebista, no entanto, não é consenso, é o que dizem os bastidores e no clima em que está o legislativo municipal é mais fácil o “off” acertar que o “on”.
Por fora, o PROS, partido crítico à antecipação da eleição, tenta lançar o nome de Chagas Catarino, candidato. “Fui contra essa ideia [de antecipação], mas já que aprovaram vou logo anunciando que se meu partido lançar candidato, votarei. Se não, não terei problema em apoiar Franklin”, disse Paulinho Freire (PROS). “Em vez de dar prioridade ao orçamento inventam esse tipo de coisa”, criticou Rafael Motta.
Entre os que defendem a antecipação do pleito, o argumento é simples: “não é ilegal, tem previsão na legislação, então nada impede”, comentou Dickson Júnior (PSDB).
VOTAÇÃO
Parlamentares aprovaram requerimento que antecipa a eleição da CMN em um ano. Veja posicionamento de cada um:
A favor
Albert Dickson
Júlio Protásio
Chagas Catarino
Dickson Júnior
Ubaldo Fernandes
Bispo Francisco de Assis
Adão Eridan
Aquino Neto
Aroldo Alves
Bertone Marinho
Dagô do Forró
Eudiane Macedo
Felipe Alves
Franklin Capistrano
Júlia Arruda
Júnior Grafith
Luiz Almir
Contra
Amanda Gurgel
Sandro Pimentel
Rafael Motta
Paulinho Freire
Marcos Ferreira
Jacó Jácome
Hugo Manso
George Câmara
Eleika Bezerra
Maurício Gurgel
Ary Gomes
Fernando Lucena