Deu na editoria de Economia da Tribuna do Norte:
A edição 2012 da Liquida Natal começa amanhã, dia 30, com a promessa de descontos de até 70% nas lojas para o consumidor e a expectativa de movimentar uma soma de R$ 200 milhões em vendas, nos próximos dez dias. O montante representa um incremento de cerca de 15% em relação ao volume de vendas do ano passado, quando alcançou R$ 180 milhões.
O otimismo do comércio é reforçado com o adiantamento da primeira parcela do 13º salário pago aos aposentados – um acréscimo de R$ 500 milhões na economia do Estado – além da expectativa de prorrogação da redução de Imposto para Produtos Industrializados (IPI) para automóveis.
“Essas políticas já tem um reflexo expressivo na economia do Estado e a manutenção deve aquecer ainda mais os setores beneficiados. Com a Liquida deveremos injetar R$ 200 milhões mo comércio, em um momento conhecido pela retração no segundo semestre”, observa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL) Amauri Fonseca Filho. No primeiro semestre, lembra o presidente, o setor registrou uma desaceleração.
Consolidada como a segunda melhor data para as vendas do comércio, atrás apenas do período natalino, a Liquida Natal será realizada até o dia 9 de setembro. A edição 2012 foi lançada na noite de ontem, no Centro de Convenções, com a palestra motivacional Construindo uma Tropa de Elite”, ministrada pelo consultor de segurança Rodrigo Pimentel.
O Rio Grande do Norte, explica o criador e coordenador das “Liquidas” no Brasil, o empresário Bernardo Carvalho Farias, ocupa o 3º lugar no ranking do evento realizado em 16 estados brasileiros, em volume de vendas e número de lojas participantes, ficando atrás apenas das edições de Salvador (BA) e de Fortaleza (CE).
O volume de vendas no Estado, durante a Liquida, nos últimos anos, é três vezes maior do que o registrado na edição realizada em João Pessoa (PB) e supera em até quatro vezes as vendas em Maceió.
“A Liquida Natal já se consolidou entre as maiores do país e de alta credibilidade. Ao tempo que traz benefícios tanto para consumidores, quanto para lojista, também estimula a arrecadação de impostos e geração de empregos no Estado”, disse Bernardo Farias, sem apresentar, porém, números sobre o volume de vendas em outros estados.
Em Natal, durante o período promocional, 4 milhões de cupons deverão estar disponíveis nos estabelecimentos participantes. É com base nesse número que a CDL estima o volume em dinheiro que deverá circular nestes dias.
Cerca de 3 mil pontos de venda, entre lojas de roupas, concessionárias de veículos, farmácias, supermercados e restaurantes, entre outros, devem se valer da oferta de prêmios e descontos – de até 70% – para atrair o consumidor e melhorar o desempenho, no período considerado de retração, frente a conjuntura econômica e crise financeira internacional. De acordo com o presidente do CDL, a adesão de lojistas poderá ser feita até o dia 1º de setembro.
Em 2011, o evento cresceu com lojistas da região metropolitana e em média 20% na participação popular. Foram mais de 4 milhões de cupons postos nas lojas participantes, gerando um valor de vendas superior a R$ 180 milhões durante o período da promoção, adquiridos pelos consumidores a cada R$25,00 em compras.
No RN, consumo crescerá menos
O consumo no Rio Grande do Norte apresenta a menor projeção de crescimento no Nordeste, ao longo da década, de acordo com estudo da consultoria americana McKinsey, que analisou o mercado brasileiro e traçou o mapa do consumo no Brasil em 2020.
Os dados mostram que o consumo no RN deverá avançar 118%, registrando a 21ª posição no ranking nacional até 2020. De acordo com o estudo, o Estado sairá de um consumo de R$ 6,1 bilhões em 2010 para R$ 13,3 bilhões,em 2020.
A pesquisa foi divulgada pela revista Exame e prevê, com base em 45 categorias de produtos, um incremento de R$ 1,3 trilhão de reais em 2020 no país. Nesse período, a expectativa é que o PIB per capta brasileiro tenha um incremento de 37%.
De acordo com a pesquisa, os seis estados que mais devem crescer em vendas são nordestinos, sendo Pernambuco (193%) Alagoas (186%) Piauí (186%), Paraíba (179%), Maranhão (171%) e Ceará (169%). Esse crescimento se deve a maior circulação e acesso ao crédito e crescimento da renda das famílias nos últimos anos. Nos estados de Sergipe e da Bahia, os crescimentos previstos são, respectivamente, de 127% e 123%.
A projeção de um crescimento mais tímido no Rio Grande do Norte, em relação ao restante da região, avalia o superintende da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Adelmo Freire, pode refletir a concentração de redes de varejo e maior poder de consumo ainda em Natal e Mossoró.
“Os outros estados podem ter investidos mais em infraestrutura, além de terem despertado para a expansão de mercados para outras cidades. Enquanto aqui, no Estado, o poder de consumo ainda está centralizado na capital e polo-Mossoró”, analisa Adelmo. “Isso pode trazer prejuízos futuros ao Estado, caso não ocorra uma mudança no sentido de fortalecer o consumo também no interior,”acrescenta.
Os estudos reforçam a ideia de que o consumo está migrando para o interior dos estados, em detrimento de capitais e regiões metropolitanas. No Rio Grande do Norte, o crescimento das vendas no interior também deverá, em 2020, liderar o consumo.
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