Deu na editoria Cotidiano do DN Online:
Os servidores técnico-administrativos da UFRN continuam em greve. Segundo o sindicato, caso o acordo seja assinado na sexta-feira, conforme previsto, a categoria volta ao trabalho na segunda-feira (27).
Portal O Jornal de Hoje:
A minuta do acordo deveria ter sido assinada ontem, durante reuniões realizadas entre a categoria com os Ministérios da Educação e do Planejamento. No entanto, o Governo não levou nenhum documento para ser assinado e pediu a garantia do encerramento da greve com acordos feitos apenas ‘de boca’. Sem a assinatura de um compromisso formal, a Fasubra afirmou que a greve continuaria. “O Governo queria entregar a minuta apenas na próxima semana, mas dissemos que a greve permaneceria até que algo fosse assinado. Eles recuaram e prometeram nos entregar a minuta na tarde de hoje para ser avaliada por nós e assinada, ou não, amanhã”, afirma o membro do Comando Local de Greve, Sandro Pimentel.
Segundo ele, a expectativa é de que não existam surpresas e o Governo documente o que foi realmente acordado verbalmente. “A orientação nacional é para que a greve seja encerrada. O nosso sentimento é esse. Se isso não acontecer foi porque o Governo descumpriu alguma coisa”, reforça Sandro Pimentel, lembrando que a Fasubra possui vídeos de todas as reuniões.
A proposta acordada não agrada a categoria totalmente, pois esta não repõe nem metade das perdas projetadas em 30,4% até 2015. No entanto, as reivindicações que envolvem os elementos da carreira foram vantajosas para os grevistas. Em um prazo de 180 dias, o Governo Federal prometeu, ainda, resolver outros dois pontos de pauta que envolvem a racionalização de cargos e o reposicionamento salarial de aposentados.
A proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento envolve um reajuste de 15,8% a ser pago de forma escalonada durante três anos; um step (que funciona como uma espécie de reajuste no percentual em cima da promoção, seja ela vertical ou horizontal, recebida) de 3,7% em 2014 e 3,8% em 2015; o anexo IV de forma integral para 2013 e o anexo III também reivindicado. O anexo IV aumenta o percentual da graduação de 20% para 25%, da especial de 27% para 30% e mantém o de mestrado e doutorado como 52% e 75%, respectivamente. Já o anexo III diz respeito à soma das cargas horárias de cursos para efeito de progressão da carreira.
Sem avanço desde o ano anterior, a pauta de reivindicações é praticamente a mesma que motivou a greve em 2011, ampliando algumas novidades devido às medidas recentes do Governo, como a tentativa de redução de salários dos médicos dos Hospitais Universitários (HUs) e a insalubridade e periculosidade dos servidores públicos (MP 568/12).
Entre as várias reivindicações dos servidores técnico-administrativos estão a implantação do piso salarial de três salários mínimos e a isonomia salarial e de benefícios como alimentação, creche e saúde, além do posicionamento contrário ao Projeto de Lei 549 que pretende congelar os salários por 10 anos e ao PL 520 que visa privatizar os hospitais universitários. A reposição dos aposentados, a racionalização dos cargos, o pagamento da Vantagem Básica Complementar (VBC) e a luta para os 10% do PIB da educação a partir deste ano também são algumas das reivindicações dos grevistas.
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