Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Teatros de Natal recebem vistoria para recuperação de estrutura

16 de janeiro de 2013

Notícia publicada no caderno Cidade do Jornal de Hoje:

O diagnóstico da situação dos aparelhos públicos sob responsabilidade da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) chegou aos teatros Sandoval Wanderley e Jesiel Figueiredo e à Escola Municipal de Teatro Carlos Nereu de Sousa. Na manhã desta terça-feira (15), os recém-nomeados Fernando Yamamoto, coordenador de programas, projetos e eventos, e Yana Medeiros, gerente de organização e produção de eventos, visitaram as três instalações, como enfermeiros pelos corredores de uma UTI repleta de doentes terminais.

Sandoval Wanderley está fechado pelo Corpo de Bombeiros e pelo MP desde 2009. (Foto: Wellington Rocha)

Sandoval Wanderley está fechado pelo Corpo de Bombeiros e pelo MP desde 2009. (Foto: Wellington Rocha)

No teatro do Alecrim, palco de freqüentes interdições, desde suas primeiras atividades, em 1962, a dupla da Funcarte viu que o trabalho será longo. Fechado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Ministério Público em março de 2009, o espaço para 150 pessoas virou um paiol de trapos, dejetos, cupins, fios soltos e cadeiras quebradas. “Vamos montar um relatório da situação atual. É um espaço excelente, que tem flexibilidade para ser usado tanto como arena, como frontal [chamado de palco italiano; o formato padrão]. Com isso é possível trabalhar linguagens variadas”, diz Fernando Yamamoto, diretor teatral com 20 anos de experiência na área.

Problemas crônicos, como a falta de estacionamento e segurança à noite estão na pauta de recuperação da estrutura física do Sandoval Wanderley, inaugurado em 1992, durante a administração Wilma de Faria. Há um ano e meio, o Governo Federal liberou R$ 800 mil, através do próprio Ministério da Cultura (MinC) e de uma emenda parlamentar da deputada Fátima Bezerra (PT). Mas por falta de apresentação de um projeto executivo da Prefeitura de Natal, o dinheiro foi inutilizado. Quase perdido, não fosse articulações da deputada com integrantes do Governo Federal. Por isso, a Funcarte acelera o levantamento para elaborar a documentação exigida.

“O acesso a tudo da gestão passada está difícil. Não vimos ainda nem o projeto arquitetônico. Falo como artista, pois é a primeira vez que trabalho no poder público. A política cultural de Natal estava sucateada. Ou pior, retrocedeu em muita coisa. Vamos tentar implantar algumas ações, como uma gestão de reparação”. A Cidade do Sol é a capital nordestina com o menor número de teatros (5), ainda que grupos, como o Clowns de Shakespeare e a atriz Titina Medeiros tenham atingido êxito em uma arte tratada como inacessível à população.

Em meio ao pó de cupim, visível em três pontos do tablado, camarins com suas entradas bloqueadas por ferros, tecidos e sobras de cenários, Fernando Yamamoto fala sobre a seriedade que encontrou na equipe da Funcarte, capitaneada pelo escritor Dácio Galvão, e os projetos para a abertura de editais para a classe artística local. “Nunca estive do lado de cá (do poder público). Vou tentar ser o que eu gostaria de ver quando estava do lado de lá (como artista)“.

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