Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Varejo cresce abaixo do esperado no RN

14 de novembro de 2012

Notícia publicada no caderno Economia da Tribuna do Norte:

Altos níveis de endividamento e inadimplência associados a restrições no crédito têm levado o consumidor a comprar menos e, por consequência, têm colocado um freio no crescimento do comércio varejista ampliado, que engloba as vendas de veículos e materiais de construção, no Rio Grande do Norte e no país. A constatação é do economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/RN), Aldemir Freire, com base nos resultados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo órgão.

As vendas do comércio no RN crescem acima da média, mas com menos inadimplência poderiam subir mais. (Foto: Aldair Dantas)

A pesquisa indica que mesmo com incentivos do governo federal, as vendas do varejo ampliado  crescem menos que as do varejo restrito. “E isso não é natural”, afirma Aldemir Freire. De acordo com os dados, enquanto as vendas do varejo restrito (que não engloba veículos e materiais de construção) cresceram 10,2% em setembro no RN, o crescimento do varejo ampliado não chegou a 6%, em relação ao mesmo período de 2011. No Brasil, não foi diferente.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estadeo (Fecomercio RN), Marcelo Queiroz, a pesquisa mostra retração nas vendas no varejo ampliado de quase 4%, refletindo a saturação das vendas nos setores de material de construção e veículos. “Mesmo com os incentivos fiscais recentes, os dois setores começam a não registrar crescimento”, diz. A saturação explicaria o incremento abaixo do esperado. “Esperávamos uma alta maior. Mas sabíamos também que agora em setembro, o patamar de 11,5% de aumento registrado em agosto dificilmente se repetiria. Em agosto, além da euforia, com sucessivos recordes de vendas de automóveis, por exemplo, tivemos o Dia dos Pais e já o início da Liquida Natal. Em setembro, não houve nenhuma data forte a não ser a continuidade da Liquida Natal”, diz Queiroz.

A possibilidade de o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – que permanece reduzido até o final de dezembro – voltar ao normal para o setor também provocou uma antecipação da compra em agosto, reduzindo as vendas em setembro, ressalta Aldemir Freire, do IBGE. Há alguns meses, era o varejo ampliado que crescia mais. A situação, segundo ele, se inverteu com a adoção de medidas de restrição de crédito em 2011. Apesar da tendência de alta, a taxa de crescimento no RN, diz Freire, deve fechar o ano ‘um pouco abaixo da nacional.

A expectativa, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), é fechar o ano com um crescimento de 8% a 10% nas vendas do varejo como um todo.   O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, também aposta em um crescimento de vendas próximo dos 10%. Amauri Fonseca, presidente da CDL, acredita que os números de 2013 serão melhores em virtude dos investimentos que aceleram com a proximidade da Copa de 2014.

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