Economia do RN

Aldemir Freire é economista, servidor de carreira do IBGE na área de análise socioeconômica. Desde 2009 ocupa a Chefia da Unidade Estadual do IBGE no Rio Grande do Norte. As opiniões emitidas aqui não representam o pensamento do órgão em que trabalha.

A deficiência de voos, as exportações do Rio Grande do Norte por via aérea e o HUB da Latam

10 de agosto de 2015

Em 2014 o RN exportou uma média semanal de 143,5 toneladas de frutas e pescados por via aérea. Esses são os dois principais itens da pauta de exportações do estado e que são realizadas através do modal aéreo.

Em termo de produto o domínio absoluto é dos mamões. Em 2014 de cerca de 144 toneladas exportadas semanalmente pelo RN e que saíram do estado de avião, 87% foram de mamões. Praticamente toda exportação por via aérea do RN é de mamões.

Todavia, como a oferta de voos internacionais partindo da capital potiguar é muito restrita, os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ), dominam os portões de saídas das exportações por via aérea do estado. Das 125 toneladas de frutas exportadas semanalmente do RN e embarcadas em aviões em 2014, por Guarulhos saíram uma média de 45,64 toneladas semanais; pelo Galeão foram 43,47 toneladas e pelo aeroporto de Natal apenas 3,93 toneladas semanais de furtas.

No caso do pescado, como seu destino principal são os EUA, atualmente a situação é muito mais complicada, pois simplesmente não existem voos diretos entre a capital potiguar e aquele país. Das 17,78 toneladas médias semanais embarcadas no ano passado, 10,78 foram pelo Galeão e apenas 0,32 toneladas pelo aeroporto de Natal.

Para a Europa e o caso das frutas, embora a oferta de voos ainda seja absolutamente insuficiente, a presença de alguns voos diretos e a entrada recentemente de um voo cargueiro da Lufthansa amenizou a situação. Há que se destacar, porém, que o referido voo não possui capacidade suficiente para dar conta de toda a demanda semanal de cargas do estado. Mesmo insuficiente, porém, esse novo voo já está modificando o cenário de embarque no estado, conforme veremos em uma nova postagem amanhã.

A implantação do HUB da Latam poderia equacionar essa situação. Com a eventual implantação do mesmo a oferta de voos internacionais cresceria significativamente, com melhora expressiva nas condições de embarques dos produtos locais. Com o HUB os custos de frete dos exportadores seriam menores e também o tempo decorrido entre o produto e o consumidor final, melhorando com isso a qualidade do produto.

EXPORTAÇÕES POR VIA AÉRA

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