Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

A história se repete mudam apenas os atores

22 de março de 2016

A história tem provado que os fatos se repetem mudam apenas os atores, embora o enredo seja parecido. Desta vez o argumento a ser usado não é o temor ao comunismo, até porque a guerra fria já acabou há muito. Desta vez o argumento para o golpe, rasgando a Constituição vigente no país, está subterfugiado na corrupção que envolve os mesmos atores que pregam o impedimento da presidenta.

É como disse a presidenta Dilma: “não importa se a arma do golpe é um fuzil, uma vingança ou a vontade política de alguns de chegar mais rápido ao poder”.

E todos sabemos que desde o resultado da eleição presidencial a oposição prega o terceiro turno. Como combater a corrupção se os mesmos que pedem pelo impeachment estão enrolados em esquemas de corrupção até o pescoço como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado inclusive na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido), o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, também já citado em delação por ter recebido propina da OAS na construção da Arena das Dunas, em Natal, e pelo menos 16 deputados indicados para compor a Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment. Não esqueçamos o próprio Delcídio, claro.

Ora,ora,ora. Se o pretexto de derrubar Dilma é a corrupção, então teríamos que fechar o Congresso Nacional.

Alias, não custa citar o professor de direito da Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Neves que disse que a corrupção deve ser combatida, mas, sem citar nomes, criticou vazamentos “ilegais” e o que ele classificou de “absurdo pedido de prisão preventiva de Lula”. Na opinião dele, a iniciativa do Ministério Público mostra “clara parcialidade” para “macular” o ex-presidente e o governo da presidenta Dilma

“Nem juízes, nem ministros do Supremo Tribunal Federal estão acima da lei e da Constituição. Portanto, não é ser contra uma operação policial e uma atuação judicial contra a corrupção. É ser contra a parcialidade, a ilegalidade e a inconstitucionalidade de parte dessas operações, que procuram, de maneira parcial, tornar um grupo desprezível e outro, glorificado”, declarou Neves.

Só para lembrar aos incautos que Marcelo Odebreht, o verdadeiro “homem bomba” da República resolveu se beneficiar do instituto da delação premiada. É certo dizer que Marcelo Odebrecht pode comprometer os medalhões da República. O fato de não ter falado nada até agora deixa de orelhas em pé muita gente, inclusive da oposição.

A  conferir!

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