Notícia publicada na caderno Economia da Tribuna do Norte:

Conclusão do Terminal Marítimo do Porto de Natal; regulamentação das Zonas de Proteção Ambiental sete (Forte dos Reis Magos) e oito (Rio Potengi); volta do projeto da Marina; retorno da navegação de cabotagem; revitalização do bairro da Ribeira; criação de um quarto berço no terminal; realocação da comunidade do Maruim; conclusão do terminal pesqueiro.

Foto: oembreve.blogspot.com

Todos os caminhos indicam que a bola da vez dos investimentos públicos e privados já tem nome: a velha e boa Ribeira. Desprezada por décadas, no começo dos anos 2000 um dos muitos superintendentes da Caixa que já passaram pelo cargo se propôs a só financiar obras novas em áreas saneadas. Ele queria ver a Ribeira repleta de cafés e lojas charmosas, cujas reformas respeitassem a arquitetura original dos imóveis. Ao ser transferido, mudou todo o discurso.

Na última década, uma parte do bairro da Ribeira foi descoberta pela construção civil e passou a distingui-la como “Ribeira Alta”. Ali, do dia para a noite, brotaram prédios altos, sendo que um deles – o Mirante João Olímpio, com 43 andares – perde por muito pouco para o Terraço Itália, em São Paulo, de onde a metrópole toda se descortina. A necessidade de plantar unidades em áreas de adensamento alto encontrou na Ribeira Alta a visão deslumbrante (e lucrativa) do encontro do rio com o oceano.

Agora, falta reconhecer a beleza como um todo, como fez nos anos de 1990 o então prefeito de Recife, Jarbas Vasconcelos, que tirou o Bairro Velho da cidade da completa decadência e aproveitou todos aqueles prédios centenários em nome da única coisa que pode atrair turistas e dinheiro – a tradição. Hoje, ao invés de prostíbulos e construções abandonadas, o Bairro do Recife tem lojas comerciais e shoppings onde até o preço da água mineral é considerado proibitivo.

Com a proximidade do fim das obras do Terminal de Passageiros previstas para o segundo semestre deste ano e cuja administração será entregue à iniciativa privada, um conjunto de projetos vêm sendo ressuscitado não só pela administração pública como pela própria Companhia Docas.

Com mais de R$ 230 milhões em investimentos programados, a capacidade do Porto de Natal como terminal de escala gradativamente cede espaço para possibilidades mais promissoras de exploração.

Essa necessidade tem aproximado muito o presidente da Codern, Pedro Terceiro, por exemplo, do secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde), Fernando Bezerril, cujos planos para a Ribeira não são segredo. Entre eles estão o ambicioso projeto da Marina de Natal e a revitalização da Ribeira, um tema que hoje mobiliza Pedro Terceiro, presidente da Codern, que já obteve recentemente a licença ambiental do porto.

Ambos – Bezerril e Terceiro – formatavam esta semana a participação na Intermodal South America (Feira Internacional de Logística, Transportes de Cargas e Comércio Exterior, que será realizado de 2 a 4 de abril em São Paulo) na qual a Codern terá um estande promovendo o Terminal Turístico de Passageiros de Natal .

Para o secretário Fernando Bezerril, será a grande oportunidade, num evento deste porte, de levantar a bandeira do turismo náutico junto a grandes empresas brasileiras e ao trade turístico nacional. “É importante a nossa participação porque esta feira é uma vitrine que reúne os maiores armadores do mundo”, comentou o secretário esta semana.

Assim, o estande da Codern não só contará com técnicos da Secretaria de Turismo do Município, como também terá representantes da Fiern, Fecomércio e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, no vácuo, de olho em oportunidades de negócios para implantação de linhas de cabotagem no Porto de Natal.  Só na Feira, serão mais de 50 mil visitantes, com uma boa presença de armadores.

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