Centro histórico de Natal: cartão postal renovado

11 de julho de 2012

Fazer do Centro Histórico de Natal um cartão postal que atraia o turista e dê orgulho aos moradores da cidade é um plano antigo. O projeto que pretende concretizá-lo, no entanto, é novo. A Secretaria de Turismo do Estado, através do Prodetur/NE (Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste) anunciou recente liberação de verba para um abrangente programa de reabilitação do corredor histórico natalense, entre a Cidade Alta e a Ribeira, visando promover melhorias, manutenções e restaurações para explorar o potencial turístico dessa área. O trabalho ainda está em fase embrionária, mas os envolvidos já entraram em campo.

O projeto foi concebido há cerca de um ano pelo Iphan/RN e Fundação Capitania das Artes, com a interveniência da Fundação José Augusto. A licitação para conduzir o projeto foi ganha pela empresa de engenharia e arquitetura Cunha Lanfermann, de Recife – que também abarcou as licitações para os projetos do Museu da Rampa  e do Complexo do Cajueiro de Pirangi. O primeiro contato em campo dos pernambucanos com os natalenses foi realizado nesta semana.

Novo projeto da Secretaria Estadual de Turismo e Prodetur dá primeiros passos para reabilitar o Centro Histórico. (Foto: Alex Régis),

Os engenheiros e arquitetos da Lanfermann visitaram as entidades locais envolvidas para reunir material, informações, colher ideias, projetos e impressões. Segundo a secretaria estadual de turismo, foi estipulado um prazo de 270 dias para o projeto executivo estar pronto. “Muitas vezes até temos os recursos para fazer determinado trabalho, mas não temos um projeto. Por isso esse é tão importante”, afirma Jeane Nesi, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.

O projeto de reabilitação do centro histórico será fundamentado em trabalhos de melhoramento e reformas de infra-estrutura. Prevê a recuperação de fachadas de edifícios de destaque, serviços de recuperação e manutenção de prédios como o Teatro Alberto Maranhão e a Escola de Dança do TAM, iluminação especial em determinadas áreas, embutimento de fios, estabelecimento de pontos de divulgação para turistas, entre outras ações. “A ideia é finalmente  poder inserir o nosso corredor histórico dentre de um contexto turístico, de forma efetiva. E que esse ambiente também ofereça bem estar aos natalenses”, ressalta.

FUNCARTE REFORMADA COM CENTRO CULTURAL

Um dos projetos mais arrojados e de maior interesse comunitário, dentro das ações para a reabilitação do patrimônio histórico natalense, está na Fundação Capitania das Artes. A reforma prevê melhoramentos na estrutura do prédio e a criação de um centro cultural na Funcarte.  O arquiteto João Paulo Kikumoto, gerente de Patrimônio Imaterial e Arte Urbana da fundação, teve um primeiro contato com os arquitetos pernambucanos na quinta-feira passada, em que explicou a situação do prédio e os planos futuros.

Segundo João Paulo, a ideia é que a Funcarte retome, de forma melhorada, a configuração original projetada pelo arquiteto João Maurício no começo dos anos 90. “Aconteceu que ao longo do tempo a Capitania foi ‘inflada’ pela grande quantidade de departamentos que foram surgindo. Houve um crescimento desordenado sem um bom aproveitamento do espaço”, explica. O projeto deve rever a distribuição dos departamentos administrativos, utilizando o espaço disposto no pátio ao fundo do prédio, atualmente usado só para estacionamento. Muitos shows e feiras já foram realizados no local.

Além da melhor distribuição de setores – eventos, financeiro, pessoal e artes integradas – da Funcarte, será reservado um espaço para a criação do centro cultural. João Paulo Kikumoto explica que essa criação estará inserida dentro de um programa de necessidades que será submetida à aprovação do Conselho Municipal de Cultura – dividido meio a meio entre representantes da prefeitura e da classe artística. O centro cultural permitira maiores possibilidades na realização de oficinas, exposições de artes plásticas, sala para balé, e espaços multiuso, entre outras.  “A reforma deve atender às necessidades da  administração da casa e a população”, completa.

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