Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Coincidência, pura coincidência e mais nada

10 de junho de 2016

É o que se pode chamar de coincidência, pura coincidência e mais nada o fato de no mesmo dia em que o policial federal Newton Ishii, conhecido como o Japonês da Federal, colocou a tornozeleira eletrônica por ter sido condenado a quatro anos, dois meses e 21 dias de prisão por facilitar a entrada de contrabando no país – a pena será cumprida em regime semiaberto -, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por sua vez pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para remeter ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, as investigações relativas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). Em acordo de delação premiada, Delcídio acusou Lula de tentar evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró colaborasse com a Operação Lava Jato.

Segundo o procurador-geral da República, Delcídio e seu ex-chefe de gabinete, Diogo Ferreira, se juntaram a Lula, ao amigo do ex-presidente, o pecuarista José Carlos Bumlai, e ao filho do pecuarista, Maurício Bumlai, para comprar por R$ 250 mil o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Das coincidências:

1- O Japonês da Federal é lotado no Paraná, onde o juiz Moro tem jurisdição. Ishii continuará atuando na Polícia Federal em um cargo interno. Por enquanto, a Polícia Federal não especificou qual será a função. Conforme a decisão, o agente não poderá sair de Curitiba e Região Metropolitana sem a prévia autorização da Justiça.

2- O nome de Newton Ishii foi citado em meio à Operação Lava Jato na gravação que levou à prisão o senador cassado Delcídio Amaral, em Brasília.

3- No áudio, o senador fazia tratativas com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, buscando um plano de fuga para Cerveró, que estava preso na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense.

4- O agente é citado durante a conversa quando o grupo discute quem estaria vazando informações para revistas, leia-se Veja. Delcídio se refere a um policial como “japonês bonzinho”, que seria o responsável pela carceragem.

Lembro apenas que o Japonês da Federal continuará trabalhando na PF do Paraná, de tornozeleira, mas trabalhando.

Como no Brasil as coincidências na política são inúmeras, o texto trata apenas de uma análise conjectural.

A conferir!

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