Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

`Considerando os homens com quem Temer cercou-se, combate a corrupção soa falso ´

6 de junho de 2016

Em editorial, o The New York Times criticou nesta segunda-feira (6) a imunidade parlamentar e falou sobre o compromisso do Executivo de não interferir nas investigações da Lava Jato: “Considerando os homens com quem Temer cercou-se, isso soa falso”, arrematou o jornal norte-americano.

O Editorial fez críticas ao governo interino de Michel Temer e aos mecanismos legais que dificultam a condenação de políticos envolvidos em esquemas de corrupção. A publicação lembrou que em menos de um mês, dois ministros de Temer já deixaram o governo em função da divulgação de conversas suspeitas relacionadas à Operação Lava Jato.

O jornal disse que Temer foi alvo de críticas ao apresentar uma equipe ministerial formada por homens brancos. “Compreensivelmente, isso irritou muitos num país racialmente diversificado como o Brasil”. O texto também lembrou que sete dos novos ministros estão envolvidos no esquema de corrupção desvendado pela Lava Jato.

A suspeita de que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff tenha como pano de fundo a interrupção das investigações de casos de corrupção é mencionada no texto, assim como o afastamento de dois ministros de Temer em decorrência da divulgação de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, envolvendo a Operação Lava Jato.

Não está claro até que ponto o Sr. Temer irá acabar com a corrupção. Se ele for sério e quiser acabar com as suspeitas sobre as motivações para o afastamento da Sra. Rousseff, ele seria sábio em promover uma lei que acabasse  com a imunidade para parlamentares e ministros em casos de corrupção, enfatizou o texto.

Tem razão o The New York Time. As pessoas que surfaram na onda dos políticos que queriam o impeachment da presidenta Dilma sofreram um engodo. O impedimento de governar imposto à presidenta Dilma veio em forma de golpe para pôr fim as investigações da Lava Jato, onde o PMDB, partido do presidente interino Michel Temer tem vários políticos envolvidos. Só os incautos não enxergam isso, mas a própria imprensa internacional tem esse olhar.

Semana sim outra sim o presidente interino se ver obrigado a exonerar um ministro tal o grau de corrupção que tomou conta do Planalto. Agora mesmo a bola da vez é o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) da cota pessoal de Temer.

Em pedido de inquérito ao STF (Supremo Tribunal Federal), procurador-geral da República diz que há indícios de que Henrique Eduardo Alves atuou, ao lado de Eduardo Cunha, para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS.

Até quando Henrique se manterá ministro?

A conferir!

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