Conta de prefeita afastada de Natal é investigada

20 de novembro de 2012

Notícia publicada no caderno de Política do Novo Jornal:

UMA CONTA DETECTADA na Caixa Econômica Federal (CEF) ligada à prefeita afastada Micarla de Sousa (PV) e ao ex-secretário de Planejamento, Antonio Luna, foi incluída na investigação da Operação Assepsia a pretexto de ainda se detectar se houve alguma movimentação irregular.

Ex-secretário de Planejamento, Antonio Luna. (Foto: blogdofiscal.com)

Na sexta-feira passada, o procurador-geral de Justiça Manoel Onofre Neto citou em entrevista que lhe causou estranheza uma conta nessa instituição em nome do Município, quando se sabe que é no Banco do Brasil a movimentação financeira da Prefeitura do Natal.

As declarações do PGJ levaram o superintendente da Caixa, Roberto Linhares, a se manifestar. Segundo comentou em seu Twitter, ele deu a entender que a conta em questão trata de convênio celebrado com a prefeitura, sendo a Caixa a instituição responsável por resguardar os recursos.

A reportagem procurou ontem a assessoria de imprensa da CEF para apurar mais detalhes sobre essa conta. Conforme o repassado, o banco não vai se manifestar sobre o assunto até que haja uma definição da diretoria nacional a respeito do assunto.

“Dada a repercussão que o caso tomou, estamos aguardando orientação nacional para saber como proceder nesse caso”, explicou a assessoria. No fim de semana, a repercussão dada ao assunto foi tomada pelo viés de que a prefeita teria uma conta “secreta” na Caixa, informação rebatida ontem por Manoel Onofre Neto. O PGJ disse através de sua assessoria que a inclusão do que chama de indício na investigação se deu em face de ele ter sido detectado com ligações à prefeita, não caracterizando necessariamente, a princípio, nada de irregular.

Prefeita afastada Micarla de Souza. (Foto: trampolimdavitoria.blogspot.com)

O pedido da quebra de sigilo dessa nova conta foi  feito por Onofre Neto na sexta-feira passada, quando o prefeito Paulinho Freire (PP) lhe entregou relatório preliminar realizado pela Procuradoria Geral do Município (PGM) dando conta de irregularidades detectadas na gestão, tais como contratos firmados à margem da lei, falta de fiscalização e planejamento.

O próximo relatório a ser produzido pela equipe de auditoria ainda não tem data para ficar pronto, conforme explicou ontem ao NOVO JORNAL o procurador-geral do  Município, Wilkie Rebouças. Ele comentou ainda que a comissão de auditoria foi instituída antes do afastamento de Micarla, em 9 de outubro, com o propósito de auditar a situação contábil do Município a pretexto de evitar bloqueios judiciais. À medida que a análise avançou, naturalmente, explicou Rebouças, irregularidades foram detectadas.

“O propósito não era para detectar ilegalidades, mas para evitar novos bloqueios. Com a onda de denúncias, a gente se preocupou com os atrasos dos pagamentos de salários e fornecedores. E aí tomamos essa iniciativa, tudo de comum acordo com a própria gestão”, explicou Wilkie.

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