A Operação Dama de Espadas deflagrada pelo Ministério Público Estadual em conjunto com a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que prendeu nesta quinta-feira cinco pessoas, entre elas a procuradora-geral da Assembleia Legislativa, fez mesmo ruir o castelo de areia existente no Legislativo ou foi só pra inglês ver?

Sim, porque a promotora de Justiça Keiviany Sena explicou que a investigação foi iniciada em 2009 com informações trazidas ao MP bem como a partir de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontava para operações financeiras atípicas no âmbito da Assembleia Legislativa. Ela disse ainda que foi feito um recorte para investigar o “modus operandi” semelhante ao pagamento de salários do caso que ficou conhecido como o da máfia dos Gafanhotos, onde apenas o ex-governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, foi preso.

De acordo ainda com o MP aproximadamente 100 pessoas estavam na folha da Assembleia tendo a maioria vínculos com outras empresas e residindo até mesmo fora do Rio Grande do Norte. Os valores desviados dos cofres da Casa Legislativa em favor de tais servidores contabilizam o montante de R$ 5,5 milhões.

O MP pediu o afastamento cautelar dos servidores envolvidos e o sequestro dos bens. Segundo os promotores, as investigação terão desdobramentos.

Espera-se que realmente a Dama de Espadas tenha desdobramentos e que se houver mais culpados o Ministério Público chegue a eles. Do contrário, há de se dizer que o castelo de areia ruiu pela metade. Ou melhor, foi só pra inglês ver.

A conferir!