Com a paralisação na ponte, um engarrafamento quilométrico foi registrado no local, obrigando os condutores de veículos e usuários de transporte coletivo a saírem até a via publica diante do forte calor. Entre diversas reclamações dos prejudicados com o movimento, Pedro Peres, com seu filho doente no veículo, foi obrigado a aguardar até que a paralisação fosse encerrada. “Meu filho está com suspeita de dengue e preciso chegar com urgência ao pronto-socorro. O que está acontecentendo é uma falta de respeito com o cidadão”, desabafou.

O protesto do MST permaneceu até às 10h45, quando os manifestantes desobstruíram o trânsito e seguiram em marcha pelas vias da cidade. As polícias Militar e Rodoviária Federal acompanharam a paralisação.

O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodovia BR-155, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado. Ao todo, dezenove manifestantes foram mortos.