Escuridão e insegurança prejudicam tráfego na avenida Omar O’grady

19 de fevereiro de 2015
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Concebido para ser uma via de atalho para quem trafega pela BR-101 entre o bairro de Cidade Satélite e o município de Parnamirim, o prolongamento da Avenida Omar O’grady, em Natal, passou por diversos problemas durante a fase de obras e até hoje não está 100% concluída. O trecho foi entregue à população sem sinalização horizontal e vertical de trânsito. Agora, o Ministério Público vai apurar os problemas acerca da obra que está sob responsabilidade do Governo do Rio Grande do Norte.

Os problemas da avenida Omar  O’Grady não param por aí. Os moradores no entorno da avenida reclamam da falta de iluminação pública, que gera insegurança, facilitando a ação de assaltantes, principalmente no horário noturno. Por isso, o Ministério Público do Estado já instaurou o inquérito civil no final de janeiro deste ano para apurar responsabilidades sobre a ausência de sinalização de trânsito e de iluminação da via.

Obra do prolongamento da avenida Omar O'grady, em 2013. (Foto: Wikipedia)

Obra do prolongamento da avenida Omar O’grady, em 2013. (Foto: Wikipedia)

As obras arrastam-se desde 2007, ano em que foi dada ordem de serviço para a Construtora Queiroz Galvão, que depois desistiu de continuá-la, sendo substituída pela empreiteira Empresa Industrial Técnica (EIT). Em 2014, a avenida foi entregue inacabada à população. Inicialmente orçada em cerca de R$ 27 milhões, passou a ter um custo de R$ 59 milhões, sendo que existe um saldo de R$ 18 milhões para a continuidade das obras da Omar O’Grady.

O Departamento Estadual de Estradas e Rodagens do RN (DER-RN) está estudando parcerias com as prefeituras de Natal e de Parnamirim para instalar a iluminação nos 4,2 quilômetros da avenida. E enquanto as soluções não aparecem, a população tenta se virar como pode.

Não existe sinalização vertical e horizontal na via. (Foto: Alex Régis)

Não existe sinalização vertical e horizontal na via. (Foto: Alex Régis)

“A construção desse prolongamento facilita muito a vida de quem mora em Cidade Satélite, Candelária, Planalto e arredores e que precisar pegar um atalho para a BR-101. O problema é que os órgãos competentes entregam uma obra inacabada e sem a menor segurança para a população”, explica o aposentado José Gomes, que mora próximo à avenida e a utiliza sempre que deseja ir ao município vizinho de Parnamirim.

O estudante Cauã Medeiros diz que a situação piora a noite. “Não existe sinalização vertical muito menos horizontal, os carros trafegam a esmo pela pista, já vi pedestres caminhando pela via durante a noite e é bem perigoso, pois o risco de atropelamento é constante. Além disso, já soube da ocorrência de assaltos à motoristas que passavam pela via”.

 

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