Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Estão querendo ressuscitar um cadáver para justificar o golpe

2 de abril de 2016

Basta um cadáver para justificar o golpe. Pois é isso que estão tentando. Querem ressuscitar a morte do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, ocorrida em 2002, para justificar o golpe da retirada da presidenta Dilma do Poder. Ou seja, querem incriminar o PT a todo custo com resvalo em Dilma.  A ação, intitulada Operação Carbono 14, é uma referência a análises para identificar a datação de fósseis. Até o nome da operação remete a um cadáver.

O texto da Folha chega a ser tendencioso quando diz que “as provas levantadas pela Lava Jato deram novo fôlego à investigação da morte de Celso Daniel, ocorrida em 2002”.

Os procuradores da Lava Jato dizem que não investigam a morte de Celso Daniel, embora tenham questionado testemunhas, durante a investigação, sobre a possibilidade da cúpula do PT no crime, inclusive Lula.

Mesmo o juiz Sérgio Moro, em seu despacho, disse ser possível que haja uma ligação entre um esquema de corrupção na prefeitura de Santo André com a morte de Celso Daniel.

No entanto, o delegado Marcos Carneiro Costa, que a época da investigação atuou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil do Estado de São Paulo, contesta a versão da Promotoria de que o assassinato do petista teria sido um crime político. Segundo ele, tratou-se de um sequestro comum seguido de morte, mesma versão da Polícia Civil que, também, em 2005, reabriu o inquérito sobre o caso, relatando-o à Justiça com a mesma conclusão do anterior, de que teria se tratado de um crime comum.

Fato é que já tentaram prender Lula, não conseguiram. Impediram ele de ser ministro, mas o Supremo Tribunal Federal vai analisar isso ainda na próxima quinta-feira, e agora tentam ressuscitar um cadáver para justificar um golpe anunciado.

Gostaria de ter visto o juiz Sérgio Moro com a mesma desenvoltura na Operação Acarajé, em que foi descoberta uma lista com mais de 300 nomes de políticos que recebiam propina da Odebrecht, lista essa só divulgada após um mês. Coincidência ou não nessa lista não constava o nome de Lula nem de Dilma.

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