Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Estudo identificará gargalos para linha de cabotagem no Porto de Natal

9 de abril de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

Antigo sonho da economia do Rio Grande do Norte, a inclusão do Porto de Natal no roteiro da cabotagem – navegação entre portos de um mesmo país – volta a ser tratado como prioridade pelas federações do comércio e indústria do estado. De volta de São Paulo, onde participaram da Intermodal South America, principal feira do setor de logística do continente americano, os presidentes da Companhia de Docas do RN (Codern), Pedro Terceiro de Melo, e da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales, anunciaram nesta segunda-feira (4) a realização de um estudo técnico para avaliar a operação da linha de cabotagem no terminal portuário da capital potiguar.

Falta de espaço tem sido gargalo do Porto de Natal. (Foto: Alberto Leandro)

Falta de espaço tem sido gargalo do Porto de Natal. (Foto: Alberto Leandro)

Pelo menos quatro armadores – empresas que operam na navegação comercial – mostraram interesse em se instalar no Porto de Natal durante encontros com Fiern e Codern na feira. “Se houver carga, todos têm interesse, porém é preciso um volume de produtos que justifique a parada deles aqui”, afirma Amaro Sales, que revelou um interesse específico de uma das empresas pelos transportes no setor de fruticultura do estado. “Não é algo para amanhã, mas podemos trabalhar. Tanto indústria, quanto comércio pagam preço bastante acentuado pelo transporte de cargas”, acrescenta o presidente da Fiern. As empresas interessadas são a Maestro Frotas, Mercosul Line, Aliança e Log-In.

Atualmente o Porto de Natal tem limitações quanto à capacidade de estocagem de cargas. Projetos como o da construção do Berço 4, que está em fase de licitação, e a realocação da comunidade do Maruim, na zona Leste, pendente há décadas, são vistos como cruciais para desafogar a atual estrutura. “Alguns projetos dependem dessas obras. Essa semana, por exemplo, recebemos pás eólicas e sondas do México que tumultuaram um pouco. Nessa semana chegará milho e foi comprado um armazém inflável para recebê-lo”, informa o presidente da Codern.

Pedro Terceiro avalia que a cidade ainda não despertou para a importância do porto no desenvolvimento econômico do RN. De acordo com o presidente da Codern, convencer os armadores da realidade da cabotagem é um passo decisivo. “Por incrível que pareça, tem empresa que sai para exportar no Porto de Santos. Imagine o custo desse transporte”, reforça.

A Agência Porto, especializada em consultorias no setor, será responsável pelo estudo. O contrato de R$ 300 mil será assinado ainda nesta semana, segundo o presidente da Fiern, Amaro Sales. Os trabalhos devem durar quatro meses. Além de Fiern e Codern, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomercio) também é parceira no projeto. “Entedemos que existem gargalos, porém precisamos identifica-los para sentar com técnicos e empresas para discutir”, conclui Sales.

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