Fosse eu o ex-presidente Lula renunciaria ao cargo de ministro de Estado oferecido a ele pela presidenta Dilma. O Brasil caminha para uma convulsão social, ainda mais que o juiz Nero acabou de incendiar o pais divulgando de forma inoportuna um áudio com conversas entre a presidenta e o ex-presidente.

Tenho falado aqui neste canto de página, inúmeras foram as vezes, e até alertando que o clima no país é tenso, muito tenso. Tenho as minhas posições políticas e os leitores do meu blog ou das colunas onde assino como Barbosa (portal Nominuto.com e Riograndedonorte.net) sabem perfeitamente quais são. Não escondo de ninguém, até porque o ser humano é político por natureza.

Mas, diante do que vem acontecendo no país, digo, sinceramente, em que pese o teor republicano da conversa entre uma presidenta e um presidente da República, o magistrado que vazou o áudio violou a lei, até porque o fato das investigações contra Lula terem sido suspensas, pois que ele agora ganhou foro privilegiado com sua nomeação a ministro de Estado, não significa dizer que as investigações sobre um suposto envolvimento do ex-presidente na Lava Jato irão cessar. Pelo contrário, agora ele será investigado pela mais alta Corte do país, o Supremo Tribunal Federal.

Disse e repito: o Brasil está presenciando o falecimento do Estado Democrático de Direito. É justo pagarmos o Judiciário mais caro do mundo para que em questões extremamente delicadas, que implicam sérias consequências para o país na avaliação internacional, se façam ações “inadvertidas” e se cometam “equívocos” em prejuízo sempre de uma mesma parte?

Digo que não.

Temo muito que caminhemos realmente para uma convulsão social. E mais uma vez  indago: a quem interessa um cataclismo social no Brasil? À direita, à esquerda, às forças ocultas que agem no submundo dos poderes travestidos de paladinos da moralidade?

Eu fosse Lula renunciaria ao cargo de ministro.

A conferir!