Cultura Livre

Magna Costa é apaixonada por pessoas, leitura, locais, história, música, triathlon, vida saudável, natureza, urbanidade e todos os aspectos que embalam a cultura dos povos, raças e nações sintonizando o passado e o presente. Cidadã Brasiliense residente na bela cidade de Natal.

Euro, Escambo e Sustentabilidade.

3 de agosto de 2015

A balança comercial da Grécia não fechou, o país importou mais que exportou, a dívida fugiu do controle, fechamento dos bancos, o terceiro pacote ao FMI, saques com limitações, enfim  causas e consequências da crise da Grécia tem sido estampadas nos últimos dois meses nos meios de comunicação, os quais o mundo tem acompanhado.

Sem dinheiro para pagar as dívidas com seus fornecedores, os gregos “re-inovam” a prática do “escambo”, não mais por rotas do Mar Mediterrâneo e Egeu, esta prática vem disparando na informalidade entre os gregos, de forma mais organizada nas ilhas e zonas rurais da Grécia, operando com uma logística de intercâmbio, de troca de produtos agrícolas entre produtores da região como pagamentos, sem a praxe monetária,  como forma de contornar a crise econômica a curto prazo.

Em algumas cidades agrícolas, como Lamia (periferia da Grécia Central), o escambo  já existe, esta antiga prática da Grécia Antiga, na qual os gregos foram grandes negociadores de vinho, azeite de oliva e outras especiarias com outros povos do lado do Mar Mediterrâneo Oriental, tem se fortalecido em meio a esta crise econômica em que a Grécia está atravessando, estendendo-se da zona rural a plataformas online.

A Mermix e o Tradenow, estão entre empresas online abertas a operações com escambo pela internet, como novo vestuário desta prática de comercialização secular, na qual qualquer animal ou produto era  usado como “moeda”.

Não menos importante que o “neo-escambo”, entre as novas tendências que se originam em períodos de crises econômicas, é a criação de comunidades sustentáveis, citando como exemplo, a Free and Real criada na própria Grécia, na ilha de Evia por alguns jovens de Atenas, que ao acompanharem o declínio de algumas importantes economias mundiais, pensaram e acreditaram na ideia de viver sem precisar mais do dinheiro.

É, a sustentabilidade e a moeda “escambo”, em tempos modernos, retrocesso ou recursos práticos? Apenas uma cultura que ressurge, em tempos de crise para sobrevivência.

Magna Costa

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