Fabricação de alimentos é um dos setores que mais emprega no RN

24 de outubro de 2014

Notícia publicada no Novo Jornal:

Ao lado da confecção de artigos de vestuário, a fabricação de alimentos é um dos setores da indústria que mais emprega no Rio Grande do Norte. Juntas estas áreas empregaram em 2012 – ano da coleta da última Pesquisa da Industria Anual –  quase 34 mil pessoas, totalizando em salários e outras remunerações cerca de R$ 378,1 milhões de reais. Se somadas com a fabricação de produtos minerais não metálicos, estes três setores aglutinam 41.420 pessoas ocupadas, o que corresponde a mais da metade de todas as vagas de emprego da indústria potiguar.

A indústria de alimentos sozinha responde por 15.775 postos de trabalho no RN, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Neste universo se inclui a técnica Miraline Rocha, 23 anos, que se formou em Controle Ambiental no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) concomitantemente com o Ensino Médio. Hoje ela é coordenadora geral da produção na SterBom, empresa especializada na fabricação de sorvetes e picolés – mas que também produz água e gelo mineral, além de polpa de frutas – que responde por cerca de 6% de todos os empregos do setor. São cerca de 650 funcionários, em várias áreas.

Maraline, que começou como supervisora, conta que chegou à empresa com uma boa bagagem adquirida na sala de aula. “No Ensino Superior, lógico sem querer desmerecer, se aprende muito a teoria. Nós do curso técnico temos um foco muito grande na prática, o que é muito bom para o empresário que nos contrata”, comentou, a estudante que agora está cursando o superior de Gestão Ambiental.

Miraline Rocha, do curso de Controle Ambiental no IFRN para a coordenação da produção na SterBom. (Foto: Eduardo Maia)

Miraline Rocha, do curso de Controle Ambiental no IFRN para a coordenação da produção na SterBom. (Foto: Eduardo Maia)

Na área de alimentos, conta ela, dificilmente alguém com qualificação técnica fica desempregada. “É uma área muito ampla. Eu já tinha trabalhado num figrorífico, mas queria trabalhar na SterBom porque me falavam muito bem daqui”, ressaltou.Em contrapartida, os empresários do setor comemoram o aumento da oferta de mão de obra capacitada. “Por muito tempo se investiu apenas em tecnologia e se esqueceu do investimento no ser humano que opera as máquinas. Hoje isso já está mudando bastante.

E quem percebeu que este investimento em qualificação era importante, saiu na frente”, destacou Antônio Leite, proprietário da SterBom, que sempre que possível incentiva e abre espaço para a formação profissional dentro da própria empresa. Todo o setor de vendas da empresa, por exemplo, tem na bagagem um minicurso de 20h em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) sobre “Técnicas Campeãs de Venda”.

A mesma equipe já fez no ano passado um curso de cerca de dois meses também sobre vendas. A empresa ainda subsidia cursos técnicos, graduações e pós-graduações;E, para quem está qualificado, não falta espaço. Antônio revela que mediante os investimentos tecnológicos torna-se cada vez mais fundamental a qualificação. “Dizem que a tecnologia retira empregos. Mas este é um pensamento equivocado”, afirmou.

Ele explica que mesmo que o número de postos de trabalho caia em uma indústria, na proporção que se aumenta a produtividade, indiretamente isso beneficiará mais pessoas.O fato, porém, é que o mercado de trabalho no Brasil ainda não avançou de maneira suficiente. Para operar maquinas importadas da Alemanha recentemente, a empresa receberá engenheiros alemães enviados pela fornecedora do maquinário, que terá também a função de treinar o pessoal local.

Este treinamento deve durar cerca de 6 meses. “Este é um processo de mudança pelo qual o Brasil está passando. É lento, precisa de mais investimentos sim, mas nós vamos conseguir consolidá-lo”, assinalou.

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