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Dando continuidade a programação do II Fórum Estadual de Energia do RN, foi apresentado na tarde desta quinta-feira (17), o painel “Fontes Renováveis” que teve início com a palestra da professora do Departamento de Engenharia Quimica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Gorete Macêdo, que apresentou as pesquisas desenvolvidas com etanol de 2ª geração. O combustível é produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

A docente explicou as vantagens do bioetanol e como é realizada a pesquisa desenvolvida pela universidade. “Esse material é altamente abundante e barato no Brasil, além de proporcionar oportunidades para desenvolvimento industrial com base no conceito de biorefinaria, sendo mais uma opção para produção de energia limpa e desenvolvimento sustentável”, comenta a professora Gorete Macêdo.

Dando prosseguimento ao tema sobre fontes renováveis, o assessor técnico da ABEÉolica, Sandro Yamamoto, discorreu sobre o panorama do setor eólico nacional e do RN. Segundo ele, o Brasil ocupa a 13ª posição no ranking mundial de produção de energia eólica e a expectativa é que o país alcance a 10º posição ate o final do ano.

Yamamoto também elencou os principais desafios que impedem o crescimento das eólicas no país. “Os gargalos que envolvem o progresso desse tipo de produção de energia está relacionado, principalmente, a logística do transporte de equipamentos como, por exemplo, os aerogeradores, pás e torres eólicas. Também podemos considerar como desafio a ser vencido a questão dos entraves que envolvem o escoamento da energia e o licenciamento ambiental”, pontua.

O assessor da ABEEólica destacou o Rio Grande do Norte com o estado pioneiro por possuir o primeiro complexo eólico certificado. O empreendimento, localizado no município de João Câmara, é o Complexo Eólico Campos dos Ventos, de propriedade da empresa CPFL Renováveis.

Em seguida, foi a vez da energia produzida pela luz do sol ser o destaque da programação do II Fórum de Energia do RN. O responsável pelos projetos de energia solar do CTGAS- ER, Bruno de Lima Soares, apresentou os desafios da geração de energia solar no Brasil e o Potencial do Estado. O representante ressaltou que a potencia instalada é crescente em vários países, com destaque para a Europa. O continente europeu concentra a maior quantidade de energia solar produzida, seguida da Ásia, América e China.

Bruno ressalta que a demanda mundial por essa fonte renovável é crescente, contribuindo para a redução da dependência das fontes tradicionais de energia. A Alemanha, com 31%, ocupa a 1ª colocação no ranking mundial de potencia instalada em energia solar. O Brasil contribui com apenas 0.03% em âmbito mundial, o que representa 33,5MW de potencia instalada.

Dentre as iniciativas em desenvolvimento na região Nordeste, Bruno Soares citou o estado de Pernambuco, com a realização de leilão para energia solar com benefícios fiscais e a Bahia, que atualmente é o estado com maior quantidade de projetos voltados à energia solar.

“Entre os desafios estão a qualificação de pessoas, implantação de linhas de créditos atrativas, incentivo governamental para instalação de empresas e também a realização de leilões específicos para energia solar”, apontou o representante do CTGAS-ER.

O Rio Grande do Norte está a caminho de se tornar pioneiro no Brasil com a implantação das duas primeiras instalações de microgeração de energia solar com a colaboração da empresa Enerbras Energias Renováveis.

E finalizando a programação do primeiro dia, o último painel teve como foco a infraestrutura de transmissão e distribuição de energia no Rio Grande do Norte. que contou com a participação de Glauber Vasconcelos e Osvaldo Paiva, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), o Superintendente de Engenharia da Cosern, Walmary Pereira Nunes e do coordenador de desenvolvimento energético da SEDEC, José Mário Gurgel.

O II Fórum Estadual de Energia terá prosseguimento amanhã, durante todo o dia, apresentando e discutindo junto a empresários, profissionais, estudantes e pesquisadores, os desafios e perspectivas do setor energético potiguar.

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