Frota do RN terá 1 milhão de veículos até julho

11 de março de 2014

Notícia publicada na Tribuna do Norte:

Igor Jácome e Daísa Alves
repórteres

São oito veículos novos a cada hora, ou 199 ao dia, nas cidades potiguares. Com isso, a frota do Rio Grande do Norte deverá alcançar a marca de 1 milhão de unidades até o segundo semestre deste ano, segundo estimativa do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN). Apenas nos dois primeiros meses de 2014, 11.972 veículos foram emplacados e entraram em circulação nos municípios potiguares. Durante a Copa do Mundo, mais de 999 mil estarão circulando em todo o Estado. Só é estipulada, porém, a quantidade de modelos zero quilômetros emplacados aqui. Se considerados os veículos que vêm de outros estados, o RN já poderá chegar à casa do milhão durante o mundial de futebol.

Foto: sos ponta negra

Foto: sos ponta negra

Atualmente, a capital potiguar tem um carro ou moto para cada 2,52 habitantes. A taxa é muito superior à nacional, que calcula uma unidade para cada quatro pessoas. O crescimento médio anual do Estado é de 10,5%, sendo que o de 2013 (9,19%) foi o menor dos últimos oito anos. No período de um ano, a frota passou de 884 mil para 965 mil veículos. “Geralmente a gente percebe um aumento maior no interior, mas no primeiro bimestre desse ano houve um crescimento maior em Natal”, destaca Branca Azevedo, que coordena o setor de Estatística do Detran. Na comparação entre o primeiro bimestre de 2013 e 2014, o número de novos veículos cresceu tanto na capital (4,44%), como no interior (1,9%).

“Está cada dia mais difícil. A gente que trabalha com entrega, tem prazo, está tendo muita dificuldade para trabalhar. A cidade  precisa ter mais mobilidade”, argumenta o entregador Leonardo Fernandes, 32.

Se, para alguns, o avanço da frota potiguar evidencia desenvolvimento econômico e distribuição de renda, para outros esta é apenas uma prova de que a cidade e o modelo de transporte coletivo devem ser repensados para evitar transtornos maiores no futuro. Professor do Núcleo de Estudos de Trânsito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Enilson Medeiros liga os dois fatores em sua análise sobre o quadro atual. “Quando a situação financeira melhora, as pessoas se tornam mais exigentes. E o transporte coletivo não atende a essas exigências”, coloca.

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