Hospital Universitário estuda aparelho que detecta dislexia

8 de abril de 2013

Notícia publicada no caderno Natal da Tribuna do Norte:

Desenvolver um equipamento de baixo custo capaz de auxiliar o diagnóstico da dislexia. Esse é o objetivo do grupo de pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande (UFRN).

O problema que atinge de 5% a 10% da população mundial em idade escolar é de difícil avaliação, porque afeta partes diferentes do cérebro e tem características diversas em cada paciente. A análise deve, portanto, ser realizada por uma equipe multiprofissional formada por neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos e pedagogos.
Projeto para desenvolver novo aparelho para detectar dislexia está sendo desenvolvido no HUOL. (Foto: Magnus Nascimento)

Projeto para desenvolver novo aparelho para detectar dislexia está sendo desenvolvido no HUOL. (Foto: Magnus Nascimento)

Pensando na importância de um diagnóstico precoce e correto, o professor do Departamento de Engenharia Biomédica Danilo Alves Pinto Nagem começou a estudar a questão no ano de 2011. A equipe coordenada pelo professor Nagem é formada pelas fonoaudiólogas Sheila Andreoli Balen e Michele Soltosky Peres e pelo mestrando em Engenharia Mecânica Alessandro Marinho de Albuquerque.

O foco do grupo é desenvolver um equipamento de fácil manipulação que vai custar 90% menos do que os utilizados atualmente. “Queremos ajudar a diagnosticar o maior número possível de pessoas que sofrem com a dislexia. O primeiro passo para massificar o exame é baratear o custo”, enfatiza Nagem.

Enquanto os métodos atuais ficam na faixa de U$ 50 mil, o que está sendo desenvolvido pela equipe deve custar dez vezes menos: em torno de U$ 5 mil. O sistema vai monitorar principalmente a posição do olho durante a leitura de textos, já que disléxicos possuem um padrão de movimentação ocular diferenciado.

O mestrando Alessandro Marinho está finalizando, o desenvolvimento do software que irá avaliar a posição do rosto, do olho e da íris durante o exame. O programa vai ser finalizado no mês de junho. “Com a conclusão do software, podemos começar a realizar testes que serão avaliados pelas fonoaudiólogas e por outros profissionais de saúde”, diz.

Como a dislexia envolve os sistemas auditivo e visual, o equipamento deve incluir microfones para gravar a leitura de textos. “Esses dois sistemas se integram. Há disléxicos visuais, fonológicos e mistos, por isso precisamos analisar várias vertentes”, esclarece a fonoaudióloga Michele Soltosky.

Com a finalização do programa, o foco será na estruturação de um hardware simples e barato. O coordenador Nagem explica que pretende desenvolver um sistema que possa ser utilizado com qualquer câmera, o que vai garantir o baixo custo do projeto. “A ideia é que o aparelho possa ser colocado dentro de uma van para sair pelas escolas fazendo testes com alunos e auxiliando o diagnóstico da dislexia”, afirma.

A equipe ressalta que o aparelho vai facilitar o diagnóstico da dislexia fornecendo dados que deverão ser analisados por profissionais da área de saúde. “É uma forma de auxiliar a detecção do problema, mas, por se tratar de uma doença complexa, o equipamento não pode ser utilizado isoladamente”, adverte Nagem.

A previsão de é que o sistema de triagem esteja pronto para utilização em até dois anos. “É uma iniciativa muito importante. Qualquer pessoa que tenha dislexia precisa saber que é capaz. Ela apenas tem uma dificuldade que pode ser tratada”, enfatiza a fonoaudióloga Sheila Balen.

Governo abre consulta pública para novo hospital

O Governo do Estado disponibiliza a partir de segunda-feira a consulta pública sobre o Projeto de Parceria Público-Privada, na modalidade de Concessão Administrativa, para implantação e operação de serviços não assistenciais do Hospital Traumatológico de Urgência e Emergência de Natal.

Estão disponíveis  para consulta pública as minutas do Edital e do Contrato da Concorrência Pública a ser futuramente realizada, nos termos da Lei 8.666/93, para escolha do parceiro privado que se responsabilizará pelos investimentos na implantação e na operação dos serviços não assistenciais do futuro hospital de Trauma de Natal.

Dentro do prazo de 30 dias para realização de consulta pública, está programada a realização de audiência pública no dia 26 de abril de 2013. Também ficará à disposição dos eventuais interessados na Seplan, em meio magnético, toda a documentação referente aos estudos e levantamentos elaborados mediante o Termo de Autorização e Solicitação da Manifestação publicado em 22 de setembro de 2012, conforme disposto no Edital de Chamamento Público para procedimento de manifestação de interesse – PMI – SEDEC 001/2012 publicado em 22/08/2012.

Os estudos elaborados dimensionaram uma estrutura de hospital composta por 222 leitos de internação, 60 leitos de UTI, 12 leitos de estabilização, 15 leitos de hospital-dia, 10 salas cirúrgicas, uma de hemodiálise e uma de medicina diagnóstica, compreendendo uma área de edificação total de 37,5 mil metros quadrados, além de um estacionamento com 686 vagas.

O investimento total projetado é da ordem de R$ 294,6 milhões, em obras civis e equipamentos de ponta. O futuro hospital terá um custo anual de operação de serviços não assistenciais estimados em R$ 43,2 milhões, que serão assumidos pelo concessionário privado vencedor da concorrência pública. O prazo de implantação é de dois anos, em duas etapas.

Segundo o secretário do Planejamento e das Finanças, Obery Rodrigues Júnior, a definição pelo modelo de concessão através de PPP para implantação e operação do Hospital Traumatológico segue uma tendência adotada por vários estados da federação e estimulada pelo Governo Federal, em razão, principalmente, da capacidade de investimentos e de gestão da iniciativa privada. De acordo com o cronograma estabelecido, o Hospital Traumatológico de Natal deverá ser o quarto a entrar em funcionamento no Brasil através de Parceria Público-Privada.

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