A frase “Le Brésil n’est pas un pays serieux”  – “O Brasil não é um país sério” – atribuída ao ex-presidente da França Charles de Gaulle, vem muito bem a calhar neste momento político que o nosso país vivencia. Um momento onde as palhaçadas protagonizadas pela classe política brasileira sobretudo os nossos congressistas, levam a que a imagem do Brasil lá fora fique ridicularizada e corretamente sendo tachado de um país que não é sério. Aliás, foi por isso que criei um espaço de HUMOR em meu blog (blogdobarbosa.jor.br) com o nome de um jornalista fictício chamado Gyro Gearloose onde ele faz entrevistas. Uma forma encontrada para satirizar os nossos “nobres políticos”. Clique aqui para ver.

Sinceramente, com todo o respeito que o circo merece, mas a política brasileira virou um verdadeiro picadeiro onde a atração maior são os palhaços. Os verdadeiros palhaços são profissionais que nos divertem com o seu trabalho sério. Já os políticos palhaços, são hilários e nos irritam. Dia sim outro sim somos surpreendidos com verdadeiras cenas “circenses”, de um circo mambembe. Primeiro foi a votação para abertura do processo de impeachment na Câmara com discursos hilários de deputados onde a família, a mãe, a esposa, a cidade de origem, o estado de origem foram citados. Só faltaram citar as amantes, assim mesmo cinco deles foram flagrados pela Folha de S. Paulo passando mensagens pelo watsapp para as respectivas após votar em nome da esposa. Puro cinismo.

As manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para se manter na presidência da Casa, afastado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal em decisão liminar do ministro Teori Zavascki, solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda em dezembro. Isso também faz parte do enredo “circense”. Mesmo afastado da presidência da Câmara e do exercício de seu mandato, Cunha continua recebendo salário e outros benefícios garantidos aos deputados, que somam mais de R$ 160 mil por mês. Fora isso, seguirá com as garantias previstas para um presidente da Câmara, como ocupar a residência oficial, locomover-se em carro oficial e jato da Força Área Brasileira (FAB) e ter à sua disposição uma equipe de seguranças.

Agora, o deputado Waldir Maranhão fiel escudeiro de Cunha e que exercia a vice-presidência da Casa assumiu a presidência e já mandou ver. Pouco mais de 12 horas depois de ter anunciado a anulação da sessão que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Waldir Maranhão voltou atrás e revogou o seu próprio ato.

Caro leitor, lamento ter que dizer isto, mas estamos vivenciando verdadeiras cenas de picadeiro no Congresso Nacional, onde fica até difícil dizer se quem são os palhaços são os nossos congressistas ou se eles é que estão fazendo a gente de palhaço. Ou os dois! Fato é que os nossos políticos estão brincando de fazer política. E a continuar assim seremos obrigados a conviver com essa palhaçada por muito tempo.

Enganam-se os que pensam que os que assumirão o poder vão produzir alguma coisa em benefício da nação. Peemedebistas, tucanos, demos, etc e tal são todos farinha do mesmo saco. E os congressistas que estão aí, tirando uma meia dúzia, não merecem um voto para síndico de edifício. Vem aí as eleições municipais onde muitos destes políticos concorrerão a cargos de prefeito. Você quer continuar a ser palhaço? Então vote num deles!

Ou o povo vai as ruas exigir mudanças como uma reforma política ampla, geral e irrestrita, bem como reformas econômicas e da previdência, com uma convocação de uma nova Constituinte, ou estamos fadados a ver cenas hilárias como estas que estamos presenciado diariamente.

A conferir!

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