Lei dos caixas pode afetar bolso do consumidor natalense

23 de março de 2015
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O consumidor natalense que costuma fazer compras em supermercados e hipermercados da capital podem preparar os bolsos. A Câmara Municipal de Natal promulgou na semana passada uma lei que obriga estes tipos de estabelecimentos comerciais a manterem no mínimo 80% dos caixas preenchidos.

A medida poderá afetar o bolso do cliente. Segundo a Associação dos Supermercados do RN (Assurn), a lei vai representar um gasto significativo com a contratação de mais funcionários, sendo inevitável a transferência de custos para a clientela.

A nova lei prevê que independente do horário, as empresas devem obrigatoriamente manter 80% dos caixas ativos com os operadores de caixa e os embaladores trabalhando, para atender aos consumidores. Os estabelecimentos comerciais referidos na lei compreendem supermercados, hipermercados e qualquer estabelecimento que trabalhe com venda de gêneros alimentícios e disponham de, no mínimo, cinco caixas.

(Foto: Evelson de Freitas/AE)

(Foto: Evelson de Freitas/AE)

Ainda segundo a lei, promulgada no dia 10 de março, as empresas têm um prazo de 120 dias para se adaptarem à mudança. Caberá ao município criar políticas de conscientização, incentivo e publicidade da referida legislação junto aos estabelecimentos comerciais.

A Assurn afirma que a lei não é boa nem para as empresas nem para o consumidor, uma vez que os clientes sentirão no bolso os ônus decorrentes da nova legislação. O funcionamento dos caixas em horários ociosos nos supermercados gera um custo operacional extra que as empresas precisam repassar de algum modo e, portanto, sobrará para o consumidor, que pagará mais caro pelas mercadorias.

De acordo com a associação, os horários de maior movimento nos supermercados são entre 9h e 11h30 da manhã e entre as 16h e às 19h. A associação ainda não fez os cálculos do quanto a medida irá impactar nas contas mensais dos supermercados, apesar de afirmar que o aumento vai existir.

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