Maior produtora do Brasil, indústria salineira alerta para crise do setor no RN

24 de março de 2015
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O Rio Grande do Norte é o maior produtor de sal do Brasil. Diversos fatores naturais proporcionam ao estado potiguar esse título, mas não são suficientes para tornar a indústria salineira mais atrativa aos olhos do mercado. Como toda atividade industrial, a cadeia produtiva do sal requer não só condições especiais de produção, mas também incentivos governamentais. Parlamentares do RN e empresários salineiros se reuniram na última segunda-feira (23), em audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar desse assunto.

O clima quente e seco, que provoca a intensa capacidade de evaporação, atreladas a outros fatores naturais, possibilitam ao RN o título de ser hoje o maior produtor nacional de sal, com uma produção que atinge, aproximadamente, os 95% do total produzido no país. Porém, inúmeros problemas podem prejudicar o setor, levando a formação de uma possível crise.

Foto: Divulgação

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Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Sal do RN (Siesal), Aírton Torres, é preciso que o Governo Estadual e o Federal atentem para a necessidade de reduzir a base de cálculo do ICMS aos produtores, repensar o adicional de frete, as Ações Direta de Inconstitucionalidade (ADIM) contra o RN e a manutenção do Progás no estado.

O sal produzido no Brasil começa a perder espaço para o sal que vem do Chile. Essa concorrência, permitida pelo Governo Federal quando viabilizou incentivos ao país estrangeiro, poderá colocar em risco 15 mil empregos diretos e cerca de 60 mil indiretos gerado pelo setor.

As variações da oferta e demanda existente, mudanças de planejamento nas empresas e limitações de capacidade financeira são fatores que ajudam ao fortalecimento da crise. Contudo, a falta de investimentos em políticas públicas, sociais e ambientais que poderiam ser pensadas e executadas pelo governo estadual, segundo o setor salineiro, ainda está longe de ser superada.

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