Na região Metropolitana de Natal, quatro prefeitos foram reeleitos

8 de outubro de 2012

Deu no caderno de Política da Tribuna do Norte:

Quatro prefeitos reeleitos, três eleitos pela oposição e um com apoio do atual prefeito e duas indefinições. Este é o balanço da eleição deste domingo na Região Metropolitana de Natal. Os reeleitos são os prefeitos de Parnamirim, Maurício Marques dos Santos (PDT); Jaime Calado (PR) de São Gonçalo do Amarante; Antônio Peixoto (PR) de Ceará-Mirim, e Klaus Rego (PMDB) de Extremoz. Foram eleitos pela oposição municipal os candidatos Fernando Cunha (PMN), de Macaíba e Arlindo Dantas (PMDB). Em Nisia Floresta, o prefeito conseguiu eleger a sucessora. Em Natal a disputa será definida no segundo turno e em Monte Alegre os votos foram apurados, mas não divulgados oficialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral porque os partidos recorreram da decisão de primeiro instância que impugnou os registros dos dois candidatos a vice-prefeito.

Agnelo Alves, Maurício Marques e Lucinha Thiago: vitória com mais de 12 mil votos de vantagem. (Foto: Emerson do Amaral)

Em Parnamirim e São Gonçalo, terceiro e quatro maiores colégios eleitorais depois da Capital e de Mossoró, os prefeitos não tiveram dificuldades para se eleger. Em São Gonçalo, uma aliança entre o atual prefeito e o grupo político do deputado Poti Júnior deu 61,9% dos votos a Jaime Calado. Em Parnamirim, o apoio do deputado estadual e ex-prefeito Agnelo Alves a Maurício Marques, e o desgaste do PV, partido do deputado Gilson Moura e da prefeita Micarla de Sousa facilitaram a reeleição. A vantagem de Maurício sobre Gilson foi superior a 12 mil votos, quatro vezes mais do que na disputa de 2008, quando os dois se enfrentaram nas urnas.

A vitória de Maurício já era esperada. As pesquisa divulgadas ao longo da campanha mostraram que a tendência do eleitorado era pela reeleição. “Teremos uma vitória expressiva. Isso porque o povo entendeu que nossa proposta e nossa experiência é a melhor para a cidade”, antecipou o prefeito ao chegar à Escola Estadual Antônio Basílio para votar, no final da manhã. O mesmo sentimento era o do deputado Agnelo Alves. “O meu voto é o voto da maioria que quer o melhor para o progresso da cidade”, explicou Agnelo, ao chegar à Escola Municipal Ivanira Paisinho para votar.

Esperada também era a vitória do ex-prefeito Fernando Cunha em Macaíba, apesar dos apoios que a prefeita Marília Dias conseguiu atrair para sua candidatura. Em Ceará-Mirim, as pesquisas mostravam que a disputa seria apertada, apesar de as pesquisas apontarem a ex-prefeita Edinólia Melo como favorita. No final, ganhou o prefeito Antônio Peixoto, com uma diferença de 730 votos, pouco mais de 1 ponto de diferença.

Em São Gonçalo, o vice-prefeito eleito Poti Neto divulgou ontem nota agradecendo a eleição. “Muito me honrou a indicação do PMDB e aqui, deixo também minha palavra de gratidão ao nosso presidente estadual, Henrique Alves; ao senador Garibaldi Filho; ao deputado Poti Júnior e a todos os peemedebistas de São Gonçalo, aos quais saúdo na pessoa do nosso presidente municipal, Edson Valban.

Em Mossoró, o resultado das urnas mostrou o que as pesquisas indicavam – que a disputa seria voto a voto. A favorita no início da campanha era a deputada estadual Larissa Rosado (PSB), mas a candidata da governadora Rosalba Ciarlini foi crescendo até chegar a um empate técnico na reta final da campanha.

No interior do RN, candidatos desistem da disputa na reta final

O ex-prefeito e candidato a prefeito de Frutuoso Gomes, Fagner Carlos (DEM), anunciou sua desistência em disputar as eleições logo que iniciou a votação.

A renúncia de Fagner Carlos se encontrava à disposição dos eleitores através do site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN). O candidato não foi encontrado para que pudesse explicar os motivos que o levaram a desistir da disputa.

Com a renúncia de Fagner Carlos, a disputa pela prefeitura ficou entre o atual prefeito, Lucídio Jácome (PSB), e o candidato do PMN, Francisco Cícero da Silva o Didi.

O outro que também desistiu foi o candidato a vice-prefeito na chapa governista à Prefeitura de Baraúna, José Bezerra (PSB). Ele preferiu não esperar o julgamento de recurso especial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

José Bezerra era o vice do empresário Isoares Martins (PR).

A presença de José Bezerra vinha sendo sustentada pelo candidato a prefeito, Isoares Martins, para tentar agregar imagem popular à chapa.

Quem também desistiu de sua candidatura foi o ex-prefeito de Baraúna, José Araújo (DEM), que colocou a filha Elma Maria para substituí-lo na disputa à Prefeitura. Ele teve a candidatura negada pelo TRE-RN, devido à “ficha suja”. Acredita que, com a filha, será possível resguardar espaço na política local, uma vez que a possibilidade de vitória é muito reduzida.

Antes de Fagner já haviam renunciado à candidatura, o candidato e ex-prefeito de Areia Branca, Bruno Filho (PMDB), que indicou a filha Luana Bruno. Ao longo do período de campanha, outros nomes decidiram indicar esposa e filhos para os substituírem nas disputas municipais.

Votação sem grandes atropelos

A juíza da 50ª Zona Eleitoral Suiane de Medeiros chegou a informar que houve 30 denúncias de compra de votos, mas no decorrer das diligências feitas por três equipes de policiais civis “nenhuma foi confirmada”. Suiane de Medeiros disse, ainda, que todas as “denúncias foram apuradas, mas ninguém foi preso”. Outra preocupação dela foi  a de colocar um telão ao lado do cartório eleitoral, na rua Comandante Petit, para dar mais oportunidade aos eleitores para acompanharem a votação dos votos “e dar mais transparência” a esse processo, porque o espaço do cartório eleitoral “é muito pequeno”.

O supervisor da Justiça Eleitoral que atuou na Escola Estadual Presidente Roosevelt, Bruno Lima, já havia sinalizado pela manhã que o transcurso das eleições ocorreria dentro da normalidade: “Geralmente, quando abre as seções as filas são grandes e este ano o pessoal deixou pra votar mais do meio dia em diante”.

Com relação ao funcionamento das urnas, o chefe do cartório eleitoral, Antonio Carlos Ferreira da Luz, informou que ocorreu apenas uma troca de uma urna de contingência, como reserva, ‘e não a necessidade de usar o voto convencional”, com a votação manual e de cédula eleitoral de papel, que é de depositado em uma urna de lona.
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