Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Nada como afago$ para acalmar as bases

25 de agosto de 2015

Um dia após a saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política e do anúncio de que serão cortados 10 dos 39 ministérios, o governo anunciou nesta terça-feira (25) a liberação imediata de R$ 500 milhões em emendas parlamentares – recursos que os deputados e senadores destinam no Orçamento a projetos em seus municípios. O dinheiro é referente a “restos a pagar” de 2014, ou seja, emendas previstas no Orçamento do ano passado que não foram pagas, segundo informa o portal de notícias G1.

Pois é, caro leitor, nada como uns bons afago$ para, digamos, acalmar as bases governistas.

O curioso é que Temer disse que agora assume uma ‘segunda fase’ na articulação do governo. Ele afirmou que não pode deixar articulação política ‘de uma vez’.

Ah sei!

“Passamos a primeira fase [da articulação política], que foi a do ajuste fiscal, onde o governo teve as vitórias necessárias, e agora estamos na segunda fase da coordenação política, fase na qual me encontro, que é exatamente a que vamos continuar trabalhando na relação com o Congresso, com o Judiciário, na relação com os estados e, portanto, reunindo várias vezes os líderes da Câmara e do Senado para trocarmos ideias sobre o Brasil”, afirmou Temer.

Esqueceu de dizer que no trato com o Congresso estão a liberação de emendas, certamente. Coisa que agrada em muito aos congressistas, sem sombras de dúvidas.

Ah, esse meu Brasil varonil que não toma jeito. Ou melhor, esses políticos que não tomam jeito.

Vamos pras ruas, gente. Vamos pras ruas cobrar do Congresso Nacional os projetos de interesse da sociedade que não foram votados, e que foram esquecidos depois das grandes manifestações de 2013 na época da Copa das Confederações.

Sim, porque não adianta pedir o impeachment da presidenta Dilma se não pedirmos também a cassação de alguns congressistas, que da mesma forma que a presidenta foram eleitos democraticamente, mas que continuam com as práticas fisiologistas para manter a “governabilidade”.

A conferir!

 

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