Natal é a cidade com mais beneficiários do Bolsa Família

21 de maio de 2013

Notícia publicada no Novo Jornal:

A exemplo do que acontece no interior do Estado, os beneficiários do Bolsa Família na capital, onde quase 49,5 mil famílias recebem o dinheiro – o maior contingente entre todos os municípios norte-rio-grandenses –, também aplicam o dinheiro principalmente na compra de produtos alimentícios.

Foto: www.mundodastribos.com

Foto: www.mundodastribos.com

Moradora do bairro das Rocas, Mara Luana Azevedo está desempregada desde que sua filha mais nova nasceu com problemas cardíacos, há seis anos. “Eu era doméstica e tive que sair. É um dinheirinho bom, que eu uso pra comprar comida”, diz a desempregada de 26 anos, que declarou receber R$ 34 reais.

Mara reside nas Rocas desde que nasceu. Mora com a mãe, a aposentada Verônica Ferreira. Mãe de duas filhas, relata que o que pode parecer pouco para tanta gente, para ela representa uma segurança. “Eu sei que todo mês vou ter o dinheiro. Parece pouco mas não é pra mim”, diz. “E o que você pode comprar agora que não podia antes?”, pergunta o repórter. “Comida, moço. Já passei tempos difíceis. Posso comprar comida”, diz orgulhosa.

Na comunidade do Maruim, na zona portuária, a dona de casa Maria Lúcia de Souza (49) mora com seis filhos numa casa de três cômodos. Recebe R$ 344. “Olhe em volta [esgoto a céu aberto e lixo nas ruas]! Um dinheiro desse na vida de quem tá nessas condições aqui é uma benção”, diz enquanto passa o braço na testa para tirar o excesso de suor.

Na família, só uma filha trabalha. Uma segunda está na escola e os demais não têm renda fixa. “Não sei o que faria sem o dinheiro”, diz quando questionada sobre a possibilidade de deixar o programa, no qual estima estar desde o começo.

Mas, nenhuma situação foi tão tocante quando a da aposentada Josefa de Freitas Barreto (61). Acometida por uma série de problemas de saúde, a moradora de Mãe Luíza aplicava “Os cento e tantos reais”, como se recorda, para a compra de seus medicamentos. Ela padece de distúrbios ligados ao colesterol, diabetes e pressão.

“Eu usava o dinheiro para comprar meus remédios. Uma vez ou outra comprava comida, mas era mais pros remédios mesmo. Agora tô num aperto grande, meu filho”, diz a aposentada. Viúva, ela mora com dois filhos e teve o benefício cortado há quatro meses por problemas cadastrais. “Já fui tentar resolver isso quatro vezes e até agora nada”, lamenta.

Clique aqui para ver a publicação original

Deixe seu comentário:

Postagens relacionadas:

© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados

O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.