Notícia publicada no Jornal de Hoje:

O mercado de compra e vendas de imóveis em Natal, depois das festas de fim de ano e do Carnaval, terá seu primeiro grande teste mercadológico entre os dias 13 e 17 de março, quando acontece no Centro de Convenções, na Via Costeira, a 12ª edição do Salão Imobiliário do Rio Grande do Norte.

Com 25 mil ofertas de imóveis, variando de R$ 70 mil a R$ 170 mil, na faixa de financiamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”, até o patamar dos R$ 2,5 milhões por um apartamento de alto padrão, o evento criado pelo empresário Ocimar Damásio se transformou no maior termômetro dos negócios que movimentam mais de R$ 2 bilhões por ano.

Salão Imobiliário realizado em 2011. (Foto: Tribuna do norte)

“A partir do Feirão podemos dizer que o mercado sabe o que terá pela frente e a partir deles será possível às imobiliárias estabelecerem estratégias de vendas mais eficientes”, diz Caio Fernandes, um dos assíduos participantes do Salão, que projeta movimentar este ano as mesmas cifras de 2012 – algo ao redor de R$ 500 milhões.

Trata-se de uma estimativa em parte subjetiva, já que muitos negócios são fechados nos meses seguintes ao evento, mas foram amarrados durante o Feirão, que este ano tem como mote três palavrinhas mágicas desse meio: “Promoção, Preço e Prazo”.

Com entrada gratuita, o evento acontecerá todos os dias das 14h às 22h, e a expectativa é de receber cerca de 40 mil visitantes durante os cinco dias. O cálculo, do próprio Ocimar Damásio, vem da experiência dele em lidar, ao mesmo tempo, com um grande sonho coletivo e um investimento que vem resistindo às intempéries da economia – o imóvel.

“A grande variedade de ofertas e de preços, por si só, é um dos grandes motivadores que arrastam milhares de pessoas todos os anos ao Salão”, diz Ocimar, que este ano captou 200 expositores para o evento, entre construtoras, incorporadoras e imobiliárias.
“Teremos expositores locais, nacionais e internacionais”, garante o empresário. “A intenção é apresentar as melhores oportunidades de negócio em um só lugar”, diz. “As pessoas têm de saber que se não acharem o melhor negócio lá, olhe, só batendo muita perna pra encontrar  depois”, acrescenta.

Além de empreendimentos em toda Grande Natal, o Salão Imobiliário vem recebendo clientes de outras regiões do país e até do exterior. As credenciais para isso são condomínios de alto padrão dentro e fora da capital. Em Caicó, a 285 km de Natal, por exemplo, serão oferecidas  unidades em um condomínio de luxo –  e isso já revela uma tendência inversa em relação aos últimos anos.

“O mercado com Valor Global de Vendas (VGV) elevado, aos poucos, está deixando de ser um privilégio de cidades como Natal e Mossoró e esse fenômeno não deixa de ser um dado a mais para construtoras e imobiliárias no planejamento de novos emnpreendimentos”, afirma Damásio.

Para  Raniery Louzada, da R13 Incorporadora, idealizadora do empreendimento em Caicó, “o interior do Rio Grande do Norte tem crescido cada dia mais, e queremos proporcionar um local com toda a infraestrutura de segurança e lazer com apenas 150 lotes”.

Com a parceria renovada com a Caixa Econômica Federal, a 12ª edição do Salão Imobiliário, exibirá também um nível de organização muito maior das imobiliárias, boa parte delas correspondentes bancários em condições de organizar todo o processo que antes era feito exclusivamente pelo Banco.

“O fato das imobiliárias terem recebido essa autonomia de serem correspondentes bancários facilitou imensamente a vida dos consumidores e vem dando ótimos resultados para o mercado como um todo”, afirma Caio Fernandes, um dos importantes players do mercado de compra e venda.

Segundo Ocimar Damásio, outro segmento que deve aparecer este ano durante o Salão Imobiliário são os dos imóveis prontos para morar. “Existe uma grande variedade dessas unidades novas e o consumidor terá a liberdade de fazer ofertas e até pechinchar no valor”, assegura.

No fim do ano passado, o Sinduscon do RN alertou para um estoque acima de 10% de imóveis novos sem compradores, resultado da grande oferta de unidades simultaneamente entre todas as construtoras. Mas, segundo o presidente do Sindicato que congrega mais de 100 construtoras, Arnaldo Gaspar Júnior, trata-se de um fenômeno passageiro, que será corrigido nos próximos meses.

Para o mercado, fatores como esses – ligados à oferta e demanda – tornaram o Salão Imobiliário um evento ainda mais importante para quem quer comprar e também para quem está com estoques na prateleira para realizar. Os números finais dirão o resultado.

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