NATAL ESTÁ BEM na fita quando o assunto é venda de veículos ‘premium’, seja aviões, carros de luxo ou lanchas. A opinião pertence a gerentes de lojas que vendem esses produtos e que participaram recentemente de evento que reuniu, num só local, diferentes máquinas que são sonhos de consumo de muitos.
Uma das evidências dessa fase em Natal é a americana Cirrus, que está investindo agora no público natalense para vender suas aeronaves avaliadas em até 769 mil dólares. O gerente de Marketing da Cirrus, André Toloubre, disse que espera mudar a cara da aviação potiguar. “Natal é um mercado muito promissor. Não tem muitos Cirrus voando aqui e a aviação que tem aqui é muito antiga. Então, as oportunidades são muitas, porque estes aviões antigos ainda voam, mas representam ou podem representar uma boa dose de renovação”, explicou.
Para mudar o atual cenário, a empresa trouxe a Natal dois de seu modelos. O SR 22 e o SR 20. Este último, explicou Toloubre, é o modelo de entrada, para que está pretendendo ingressar na aviação executiva. Basicamente a fuselagem e aparência das duas aeronaves é a mesma, mas a potência do motor deste modelo, na essência, é menor.
O STR 20 começa hoje ao preço de 447 mil dólares, numa versão que já vem bastante incremetada. “Todos os Cirrus vem equipados com paraquedas para a aeronave inteira, e este é um dos grandes itens no momento da decisão da compra. Além disso, o interior em couro, tem tela de cristal liquido e piloto automático”, descreveu.
Depois do 20 tem o 22. Neste, o motor já passa a ser de 310 cavalos. Numa versão já considerada plenamente equipada, segundo o gerente de marketing da marca, o preço é de 669 mil dólares. Mas há o STR 22 “totalmente equipado”, explicou Touloubre. Este já custa 791 mil dólares, aproximadamente. “As palavras fundamentais da Cirrus são performance, segurança e economia não só em vôo como em manutenção”, ressaltou.
A estratégia de vendas da Cirrus, no entanto, não colhe frutos de imediato. É que o tempo de compra de uma aeronave destas leva cerca de um ano. “Então, aqui nós estamos prospectando”, revelou. E para que os negócios pudessem acontecer, a Cirrus trouxe a Natal a Cotia Trading, que entra no momento subsequente à compra. A Cotia é uma prestadora de serviço que compra a aeronave em nome do comprador brasileiro no exterior, traz para o Brasil e faz toda a nacionalização.
O gerente da Cotia, Getúlio Sanches Jr, explicou que sua empresa tem ainda uma parceria com o Bradesco, a partir da qual já entrega a aeronave financiada para o cliente i nal. “Então quando chega no Brasil, já está completamente nacionalizada, pronta para ser usada e com o financiamento de um living do Bradesco”, ressaltou.
Isso facilita toda a operação, logo adquirindo direto dos Estados Unidos, o comprador noBrasil não saberá a forma correta de como buscar essa aeronave na America do Norte. “O cliente como pessoa física ou jurídica muitas vezes não tem como atender toda as exigências junto à Receita Federal para fazer importação. Então, entra Trading com toda a documentação junto à Receita Federal para fazer esta importação da aeronave e a venda dela aqui no Brasil financiada ou à vista”, ressaltou Sanches.
MERCADO DE LANCHAS TAMBÉM É PROMISSOR
E pra quem tem condições de comprar um avião, uma lancha é um artigo de luxo quase indispensável, se tratando de uma cidade como Natal. A capital potiguar, segundo o gerente de vendas da Brasil Náutica, Zenilton Santos, possui um mercado promissor.
“As vendas vem crescendo ano a ano e nós esperamos que continue crescendo ainda mais”, ressaltou.
Ainda segundo ele, Natal é a única cidade do Brasil que não tem dei ciência de marina. Ele explicou que a média de espera por vaga em outros lugares do país é de 2 anos. “Aqui você pode comprar a lancha e consegue colocar em uma marina hoje mesmo. Nós temos vaga
em marina sobrando”, contou.
Ao Cirrus, a concessionária Phoenix em Natal levou verdadeiras máquinas. A principal, é a lancha 275, a menor cabinada da marca. Há dois modelos, mas os natalenses conferiram no aeródromo a com motor de polpa que custa cerca de R$ 223 mil. Além dela, outra lancha de 19,5 pés que custa a partir de R$ 73.500 e uma de 23,5 pés no valor 89.900 foram apresentadas ao público.
E quem também apostou no público seleto que frequentou o Cirrus, foi a PG Prime. “Nós estamos agregando a nossa marca que é uma marca de seguimento de luxo a um produto que é de extremo luxo, que é o avião”, explicou Abílio Oliveira, diretor da PG Prime.
A concessionária será inaugurada no mês de maio e o CirrusRoad Show foi visto como uma oportunidade de mostrar a chegada da empresa em Natal. Para marcar espaço, a empresa levou ao evento três carros de peso: O Jeep compass, o Cheroqui e Jeep wrangler, este último
custando cerca de R$ 175 mil.
PÚBLICO
De cantor a empresários, a Cirrus reuniu um público seleto. “Aqui reunimos a família de aeronautas, apaixonados pela aviação, também com exposição de veículos”, ressaltou o cantor e aviador Waldonys. O artista foi convidado para fazer demonstração de acrobacias aéreas e disse que se sentia em casa.
O cantor sempre que está em Natal, passa pelo aeródromo Severino Lopes. Ele utiliza o avião como transporte para o trabalho. “Uso para as minhas acrobacias e ele (o avião) também encurta as distância. O lá acolá fica bem alí”. Waldonys possui um RV4 – ER e, por enquanto, não pensa em comprar um Cirrus.
Já Fátima Rocha, 48, não descarta comprar um avião da marca americana. A funcionária pública que estava encantada com o evento e tinha levado toda a família para a ‘festa’ afirmou que os modelos eram fantásticos e ter um poderia ajudar muito.
“Quem sabe a gente não realize esse sonho”, estimou.
O casal de empresários Fátima Maurício, 47, e Laercio Vilhena, 59, é que estão bastante satisfeitos com os pés em terra firme. Por enquanto ficam só na terra e na água. Possuem carro e lancha, “Mas avião não. Melhor não. Eu tenho medo”, revelou Fátima.
CIRRUS ROAD SHOW
O Cirrus Road Show reuniu no aeródromo Severino Lopes, próximo à Lagoa do Bonfim, diferentes marcas de veículos premium: carros, lanchas e aeronaves de luxo que encheram os olhos dos potiguares que passaram por lá entre os dias 31 de março e 1º de abril.
O evento, além de mostrar as aeronaves para pessoas que tivessem interesse em ingressar na aviação executiva, levou para esse público produtos e serviços ‘premium’, ou seja, que permeiam a vida de uma pessoa que tem potencional para ter um avião próprio.
O gerente de marketing da Cirrus, André Toloubre, explicou que a participação de parceiros é fundamental para o sucesso do evento. E além das marcas que acompanham a Cirrus por todo o país – esta é a 32ª edição do evento, a primeira em Natal, as enpresas locais são o grande diferencial.
“Por exemplo, aqui em Natal, nós temos o grupo PG prime, com a Chrysler e a Brasil Náutica, com os barcos da Fênix. Este conceito de marcas permitem que as pessoas que venham aqui passem um ou dois convivendo com outros cliente destas marcas. E a cinergia destes convidados é que dá o grande charme de eventos da Cirrus”, ressaltou André Toloubre. O representante da Cirrus apontou ainda que nesta faixa de público que ele chamou “triple way”, o evento traz produtos e serviços que este cliente já tem contato no dia a dia, mas que até então, em Natal, não tinha encontrado em um único lugar.
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