Querido Focinho

Neli Terra é jornalista dos setores jurídico e energético (renováveis, O&G), apresentadora e diretora de TV, mãe, madrasta, esposa, filha, irmã. Gaúcha. Movida por desafios.Andarilha por natureza. Apaixonada pelos animais, sonha com um mundo onde todos convivam com respeito e harmonia.

No RN, Pacote de incentivo à indústria é bem recebido

4 de abril de 2012

O governo anunciou ontem novas medidas para aquecer a economia e ajudar a indústria a enfrentar a crise econômica internacional dentro do Plano Brasil Maior. O governo reforçou ações sobre o câmbio, medidas tributárias, com a desoneração da folha de pagamento, e estímulos à produção nacional. Foram destacadas ainda medidas para reduzir o custo do comércio exterior e de defesa comercial. Outra medida é o incentivo ao setor de informação e comunicações. Foram divulgadas ainda melhores condições de crédito, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e condições mais favoráveis para a indústria automobilística nacional.

O pacote de medidas anunciado pelo governo federal para estimular a industrialização do Brasil foi bem recebido por alguns representantes da indústria do Rio Grande do Norte. As ações referentes à desoneração da folha de pagamento foram as mais destacadas e englobarão um total de 15 setores. Com mais oxigênio, as empresas nacionais terão melhores condições de competitividade em meio à crise internacional. Entretanto, apesar de considerarem as medidas importantes, os empresários esperam um trabalho em longo prazo para estimular efetivamente a indústria brasileira.

Atitude do governo em desonerar impostos abre perspectiva de novas reformas, defende Amaro Sales, da Fiern.

Atitude do governo em desonerar impostos abre perspectiva de novas reformas, defende Amaro Sales, da Fiern. (Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press)

Para o presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do RN, João Lima, o pacote “é importante, bem vindo, necessário, mas insuficiente”. Lima vê com bons olhos a preocupação do governo com a conjuntura econômica, que tem feito a indústria sofrer com a entrada de produtos exportados. “É um problema que a indústria sozinha não pode resolver, até porque não foi ela que o criou”, afirma. O setor têxtil e de confecção é um dos que tem sofrido com a invasão internacional, sobretudo da produção chinesa. Porém, o presidente do sindicato enfatiza que todo o setor de manufaturas tem sentido o impacto.

O presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales, avalia que a desoneração do imposto se traduz no estímulo ao crédito. “Alguns setores precisam dessa irrigação parasobreviver ao mercado”, observa. De acordo com Sales, a atitude do governo pode também abrir novas perspectivas para as reformas trabalhista e tributária, discussões que têm enfrentado obstáculos em conflitos de interesses.

Embora elogie as medidas, João Lima pede um trabalho mais efetivo em médio prazo. O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do RN sugere, por exemplo, a especialização dos portos do país para combater a entrada de produtos ilegais ou subfaturados no mercado brasileiro. Além disso, Lima cita os encargos trabalhistas e o custo da energia como outros pesos significativos para o desenvolvimento da indústria nacional. “O preço da mão-de-obra no Brasil é hoje quatro vezes o equivalente na China”, exemplifica.

Principais medidas

Empresas deixarão de pagar 20% de contribuição ao INSS, e ao em vez disso, pagarão de 1% a 2,5% sobre o faturamento. Tesouro Nacional bancará o rombo da Previdência. A taxa não será cobrada na exportação, mas incidirá na importação.

Adiamento do pagamento de PIS e Cofins para os setores de autopeças, têxtil, confecção, calçados e móveis. As empresas deixam de pagar os impostos em abril e maio e pagarão em novembro e dezembro.

Redução de Imposto de Importação, IPI e PIS e Cofins em equipamentos e investimentos em portos e ferrovias.

Financiamento à exportação será ampliado de R$ 1,24 bilhões para R$ 3,1 bilhões.

Redução de até 30 pontos percentuais no IPI de carros de montadoras que comprarem peças nacionais ou do restante do Mercosul e investirem em pesquisa e inovação.

A banda larga será levada à metade das casas nas cidades até 2014 e 15% das casas na área rural. A expectativa é atingir 60 milhões de acessos individuais à internet móvel e aumentar uma rede nacional de banda larga de 11 mil para 30 mil km até 2014.


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